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Cientistas estão a criar oxigénio a partir de uma imitação de poeira lunar

P. Carril / ESA

Uma equipa de investigadores está a trabalhar num sistema capaz de produzir oxigénio respirável a partir de amostras de uma imitação de poeira lunar.

A procura de um novo mundo habitável é uma das grandes aspirações do ser humano, que sonha um dia aventurar-se no espaço. No entanto, encontrar um planeta com condições semelhantes à Terra e relativamente próximo é uma tarefa complicada. E, até agora, os cientistas não têm tido grande sorte.

No entanto, uma equipa de investigadores está a desenvolver um sistema que pode ajudar a desbloquear este entrave. O protótipo criado permite produzir oxigénio através de uma imitação de poeira lunar.

“Ser capaz de adquirir oxigénio a partir de recursos encontrados na Lua seria extremamente útil para futuros colonos lunares, tanto para respirar quanto para a produção local de combustível de foguete”, explicou Beth Lomax, químico da Universidade de Glasgow, num comunicado de imprensa da Agência Espacial Europeia (ESA).

Por enquanto, o seu protótipo está a funcionar, mas ainda são necessários alguns ajustes para que possa ser utilizado na Lua. Além disso, estão a trabalhar com uma imitação de poeira lunar, ambicionando que a sua inovação funcione com a verdadeira em futuros testes.

De acordo com o Gizmodo, a poeira lunar trazida para a Terra durante as missões Apollo mostrou ser constituída por entre 40 a 50% de oxigénio. Os cientistas trabalharam com a empresa Metalysis para conseguirem criar este processo de extração do oxigénio. O segredo é aquecer a poeira a temperaturas que rondam os 950ºC. O processo foi inicialmente concebido pela Metalysis para produzir metais e ligas.

Este acaba por ser um dos principais problemas para a sua operacionalidade na Lua: as altas temperaturas que são necessárias. Por isso mesmo, os cientistas querem aprimorar o protótipo, de forma a não ser necessária uma temperatura tão elevada.

Os investigadores esperam ter o sistema totalmente operacional em meados de 2020, permitindo aos astronautas (e a eventuais colonos) respirarem mais facilmente em solo lunar.

ZAP //

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