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Telemóvel podia tramar Von der Leyen em investigação. Dados foram apagados

Patrick Seeger / EPA

Ursula Von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia

Informações do telemóvel de Von der Leyen poderiam ser fundamentais para investigação a escândalo relacionado com contratações no Ministério da Defesa alemão. Dados do telemóvel foram todos apagados.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está a ser investigada devido à contratação de empresas de consultoria enquanto era ministra da Defesa da Alemanha. Há suspeitas que os contratos em causa revelaram-se lucrativos para o Ministério da Defesa e foram atribuídos a consultores externos sem a devida supervisão.

Segundo o POLITICO, acredita-se ainda que relações pessoais informais entre o ministérios e as empresas podem ter facilitado a celebração destes contratos.

Os membros da comissão parlamentar que estão a investigar o caso acreditavam que o telemóvel de von der Leyen poderia conter informações cruciais para desvendar a polémica. No entanto, soube-se esta sexta-feira que os dados do telemóvel foram apagados.

Ao que tudo indica, a comissão parlamentar andava a requerer a examinação do telemóvel desde fevereiro. Todavia, todos os dados do telemóvel foram apagados em agosto, aproximadamente na mesma altura em que a germânica deixou o Ministério da Defesa alemão e assumiu o cargo na Comissão Europeia.

“Não conseguimos encontrar documentos oficiais ou outros documentos a revelar por que o ministério contratou consultores externos […] então a suposição é que muita coisa aconteceu por mensagens“, disse o membro da comissão Alexander Müller.

“Desde fevereiro, insistimos que o telemóvel dela fosse examinado como parte da investigação e, durante meses, fomos informados [pelo Ministério] de que eles ainda estão à procura dele e não conseguem encontrá-lo“.

No passado, Ursula von der Leyen assumiu os “erros” cometidos ao contratar os consultores externos, mas nunca pôs em questão a transparência dos contratos. A justificação dada foi que se tratou de uma mistura de negligência, decisões ‘em cima do joelho’ e erros individuais.

Em relação à eliminação dos dados do telemóvel, o Ministério da Defesa alega que tudo foi feito “de acordo com os regulamentos internos”, sem, no entanto, justificar o porquê de não ter atentado ao pedido de examinação do telemóvel mais cedo.

Tobias Lindner, membro do parlamento alemão, diz que a eliminação dos dados do telemóvel foi um verdadeiro escândalo. “Temos de assumir que as autoridades destruíram provas. Este comportamento pode ter implicações criminais”, atirou. Além disso, apelou ao Ministério da Defesa para parar de inutilizar o trabalho da comissão parlamentar responsável por investigar o caso.

ZAP //

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