A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou para a possibilidade de lençóis de água e de gelo nas estradas, cheias rápidas e queda de árvores, devido ao mau tempo nas próximas 48 horas em Portugal continental.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avisa que, face ao mau tempo, o piso rodoviário pode tornar-se escorregadio, formando lençóis de água e gelo e que até à madrugada de sexta-feira, poderá haver cheias rápidas nos centros urbanos, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem.
A ANEPC aleta ainda para a possibilidade de danos em estruturas, dificuldades de drenagem, quedas de ramos e árvores por causa do vento forte.
Para o eventual impacto das condições atmosféricas adversas, a Proteção Civil apresenta algumas medidas preventivas a adotar pela população. Na nota, a ANEPC informa que os cidadãos devem adotar uma condução defensiva, com especial atenção para a acumulação de neve e formação de água nas vias, alertando que os sistemas de escoamento das águas pluviais devem ser desobstruídos.
A ANEPC acrescenta que devem ser colocadas correntes de neve em viaturas, ter atenção às zonas arborizadas, às zonas costeiras e não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar.
Seis distritos estão sob aviso vermelho desde as 12:00 desta quinta-feira e até à madrugada de sexta-feira devido à previsão de agitação marítima forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com o IPMA, os distritos do Porto, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso vermelho, prevendo-se ondas de noroeste com sete a oito metros, podendo atingir até 15 metros de altura máxima.
Edifício no Porto em risco de ruir
O mau tempo já se começou a fazer sentir. No Porto, uma parede de um edifício caiu na Rua do Freixo, estando agora a construção em risco de ruir. A Proteção Civil decidiu proceder ao “corte de toda a zona”, disse o comandante dos Sapadores Bombeiros.
De acordo com Carlos Marques, que corrigiu a anterior informação prestada pelos bombeiros de que teria sido o telhado a desabar, uma das paredes do edifício caiu sobre a oficina da Congregação Cristã de Portugal, de onde foram retiradas duas pessoas que se “encontravam bem”, disse, à agência Lusa.
“Fizemos o acesso até às vítimas e retirámo-las. Não foi necessário serem assistidas pois encontravam-se bem”, afirmou o comandante.
Carlos Marques alertou que, “após avaliação da Proteção Civil Municipal, concluiu-se que o edifício se encontra em risco de ruir“, razão pela qual foi feito “o corte de toda zona”.
ZAP // Lusa