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Encontrado submarino da II Guerra Mundial que esteve perdido durante 75 anos (devido a um erro de tradução)

Tim Taylor / Lost52 Project

Uma equipa de exploradores oceânicos privada encontrou na costa do Japão um submarino do exército norte-americano do tempo da II Guerra Mundial, que estava desaparecido há 75 anos por causa de um erro num dígito das coordenadas da sua localização.

Em janeiro de 1944, o USS Grayback, um dos submarinos americanos com maior sucesso na II Guerra Mundial, partiu de Pearl Harbor para uma patrulha de combate, mas for atacado por um bombardeiro japonês. Três semanas depois, quando o navio não voltou, foi listado como desaparecido.

Após a guerra, a marinha tentou reconstruir uma história completa sobre 52 submarinos que tinha perdido. A história, publicada em 1949, fornecia as localizações aproximadas onde os submarinos tinham desaparecido.

No entanto, a Marinha, sem saber, baseara-se numa tradução incorreta dos registos de guerra japoneses. Portanto, as coordenadas indicadas no relatório estavam incorretas.

O erro só foi descoberto no ano passado pelo investigador Yutaka Iwasaki, um engenheiro de sistemas japonês. Por sua vez, o seu trabalho chamou a atenção de Tim Taylor, um explorador subaquático que partiu para encontrar os restos de todos os submarinos norte-americanos perdidos na guerra.

Os exploradores encontraram o submarino 435 metros abaixo do nível do mar na costa de Okinawa. A descoberta ocorreu em junho, mas foi divulgada este domingo. O USS Grayback foi descoberto com grande parte do seu corpo intacto e a sua placa ainda colocada na frente, embora mostrasse sinais de ter sido bombardeado.

A descoberta faz parte do Projeto Lost 52 de Taylor e da sua esposa Christine Dennison. Depois de encontrar o USS Grayback, o casal passou meses à procura de parentes dos 80 marinheiros norte-americanos que morreram a bordo, e agora “podem ser homenageados novamente”, contou Dennison à ABC News.

“Não dizemos às pessoas que estamos à procura, porque não queremos dececionar as pessoas e não queremos divulgá-lo pela Internet até que seja feito corretamente pela Marinha”, acrescentou Taylor. “Com a tecnologia que estamos a usar e a capacidade de cobrir grandes áreas de terreno, estamos a analisar o potencial de encontrar outros”.

Gloria Hurney, cujo tio Raymond Parks morreu no Grayback, disse: “Há um livro que li e diz que estes navios só são conhecidos por Deus. Mas agora sabemos onde está o Grayback.”

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