Os associados da CIP – Confederação Empresarial de Portugal votam esta segunda-feira, em assembleia-geral, uma proposta de alteração aos estatutos que irá permitir ao atual presidente, António Saraiva, recandidatar-se a mais um mandato de três anos à frente da organização.
António Saraiva disse à Lusa que a proposta fará com que a direção da CIP – Confederação Empresarial de Portugal “deixe de ter competências delegadas pelo conselho geral”, passando a ser um órgão próprio, eleito diretamente pelos associados.
Esta mudança estatutária fará com que a direção “inicie agora um novo limite de mandatos até nove anos”, equivalentes a três mandatos de três anos, mas o presidente da CIP disse que só ficará por mais um. “Aceitei o pedido de vários associados para que me recandidatasse, mas aceitarei apenas um mandato de três anos”, afirmou António Saraiva.
Segundo disse o presidente, que lidera a CIP há dez anos, as eleições dos órgãos sociais deverão ocorrer no final de março do próximo ano.
O presidente da confederação empresarial adiantou que a alteração estatutária está relacionada com o facto de ter chegado ao limite “o período de nove anos do acordo parassocial entre a CIP, AIP, AEP e Apifarma”, assinado em 2010.
António Saraiva deverá ficar assim como presidente da CIP até 2022, tendo como um dos principais desafios as negociações na Concertação Social com o Governo e as centrais sindicais CGTP e UGT.
Para quarta-feira está marcada a segunda reunião entre os parceiros sociais onde deverá ficar fechada a atualização do salário mínimo nacional para 2020, atualmente de 600 euros, com o Governo a ter como meta atingir os 750 euros em 2023.
Após a conclusão desta discussão, será iniciada uma negociação com vista a um acordo global sobre rendimentos e competitividade que António Saraiva quer ver concluído no primeiro trimestre do ano.
O presidente da CIP tem pedido “realismo” ao Governo na definição do valor do salário mínimo e exige medidas “igualmente ambiciosas” para que as empresas consigam ser competitivas, nomeadamente a nível fiscal.
// Lusa
Se esta nulidade é o melhor que por lá anda (e até tem que alterar os estatutos para o manter), os “patrões” estão mesmo muito mal representados!…
Das poucas vezes que tenho de concordar com o Eu!
Este homem não tem qualquer capacidade para representar condignamente os empresários nacionais. Volta Ferraz da Costa!
O problema é que as associações empresariais também são um belo negócio para muitos.
Um bando de malfeitores sem qualquer duvida.