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Porto 1-0 Aves | Marcano encontrou a chave do cofre

Um golo bastou. Decorria o minuto 13 quando Marcano descobriu a chave do cofre e não deixou o Benfica fugir para mais longe na liderança da Liga NOS.

Três pontos arrecadados numa exibição cinzenta do conjunto “azul-e-branco” na noite desde domingo frente ao Aves, que somou o oitavo desaire nas dez jornadas do campeonato – com 26 golos consentidos – e continua no último posto da classificação com apenas três pontos.

O jogo explicado em números

  • Predomínio portista nos primeiros minutos. Depois de Mbemba ter ameaço logo aos 54 segundos, foi um outro defesa a ditar leis no ataque. Aos 13 minutos, Otávio voltou a assistir, mas desta feita Marcano teve melhor pontaria e inaugurou a contenda, naquele que foi o terceiro remate dos “dragões” e o primeiro que levou a direcção da baliza contrária. Foi o terceiro golo do defesa-central espanhol na competição esta época.
  • O golo acalmou os ímpetos “azuis-e-brancos”, que continuaram a dominar – 72% contra 29% em termos de posse de bola, quatro remates contra dois –, mas sem a mesma acutilância com que iniciaram a partida. Ao minuto 25, Afonso Figueiredo travou Bruno Costa, grande penalidade assinalada, porém, o lance acabou por ser revertido pelo árbitro Hélder Malheiro após consulta do VAR.
  • Instantes depois, o lance mais perigo dos visitantes: Welinton Júnior ainda ameaçou, na sequência de um livre, com a bola a sair rente à barra da baliza adversária. Pouco depois, Raphael Aflalo, chamado para ocupar a vaga do habitual titular Beunardeau, travou o segundo remate do FC Porto – da autoria de Luis Díaz – enquadrado à baliza.
  • Em termos ofensivos, os comandados de Sérgio Conceição canalizavam as investidas pelo flanco direito – 47% das acções -, e a equipa de Leandro Pires repetia a receita – 43%.
  • Longe de ser brilhante, bastou ao FC Porto jogar o quanto baste para chegar ao descanso na frente do marcador.
  • A equipa da casa foi eficaz e soube controlar as incidências da partida, liderando todos os parâmetros, com mais remates (5-4), mais enquadrados (2-0) quatro em zero, três cantos contra dois, 73% contra 27% no que diz respeito à posse de bola.
  • No campeonato, o Aves somava sete derrotas consecutivas e parecia não encontrar antídoto para alterar os registos.
  • Na etapa final teríamos um resposta dos forasteiros? Nos 46 minutos da primeira parte, Iván Marcano era o melhor elemento no terreno de jogo com um GoalPoint Rating de 6.9, que premiava a eficiência – um remate e um golo -, mas também a eficácia de passe do espanhol de 86%, sete falhados em 49 tentativas – e dois desarmes.
  • Face ao marasmo que tomou conta dos seus jogadores e do ligeiro ascendente do Aves – dois remates contra apenas um dos anfitriões -, Sérgio Conceição quis mexer com o rumo do jogo e lançou, de uma assentada, Alex Telles e Zé Luís, que ocuparam as vagas de Mbemba e Luis Díaz, respectivamente. Marcava o relógio 56 minutos.
  • Os 29.205 espectadores que se deslocaram ao Estádio do Dragão na noite deste domingo suspiravam por mais um golo, mas o Aves ia conseguindo segurar as investidas “azuis-e-brancas” e sempre que conseguiam tentavam importunar a baliza defendida por Marchesín. A vontade era muita, tinham os mesmos remates do que os donos da casa – quatro -, mas faltava o resto…
  • Em contagem decrescente para o final da partida, o domínio era portista, face à falta de criatividade e capacidade demonstrada pelo Aves, mas escasseavam as ocasiões dignas de registo. Aos 89 minutos, dos 12 remates dos “dragões”, quatro foram enquadrados à baliza. Do lado contrário, em oito tiros, nenhum levou a direcção do alvo.

O melhor em campo GoalPoint

Iván Marcano “vestiu” a pele de goleador, assinou três remates, dois foram enquadrados à baliza, um dos quais resultou no único golo no encontro, num belo gesto técnico.

Além desse momento sublime, o espanhol  – que já leva três golos na conta pessoal na competição -, teve 94 acções com a bola, dois desarmes, quatro alívios, soberano em todos os quatro duelos aéreos (6) em que esteve envolvido e concluiu o embate com um GoalPoint Rating de 7.4.

Jogadores em foco

  • Otávio 6.8 – Sempre ligado à corrente, até sair esgotado. Ainda não tinha passado o primeiro minuto do encontro quando centrou com precisão para a cabeça de Mbemba. Aos 13 assistiu Marcano para único golo da noite. Na folha de registos do brasileiro há espaço para um remate fora da área, 94 acções com a bola, oito recuperações de bola e quatro desarmes.
  • Raphael Aflalo 6.5 – Surpresa no “onze” inicial do Aves, o jovem guarda-redes não tremeu nesta estreia de fogo no palco do Dragão. Três defesas, dois alívios, duas saídas a soco e muita segurança.
  • Pepe 6.4 – Por pouco, graças ao mérito de Aflalo e a barra, não apontou o segundo golo já no decurso da etapa final. Formou com Marcano uma dupla à prova de qualquer percalço. Dos nove passes longos gizados, falhou dois, teve oito recuperações de bola e foi imperial nos duelos pelo ar, tendo vencido os três em que interveio.
  • Nehremic 6.1 – Três faltas sofridas, um remate desenquadrado, 41 acções com a bola, cinco recuperações de posse e dois duelos aéreos – em três – vencidos. Os dados de uma exibição positiva.
  • Alex Telles 5.9 – Pela terceira jornada consecutiva voltou a não ser titular. Mas bastaram 35 minutos em campo para ser o quinto melhor jogador do FC Porto em cena este domingo. De realçar os quatro cruzamentos e a eficácia de 93% no capítulo do passe – 26 em 28.
  • Welinton Júnior 4.5 – Não foi por falta de vontade, mas demonstrou muita precipitação. Quatro remates, todos eles desenquadrados (e de fora da área), ainda pecou no capítulo do passe, com apenas dois certos em oito tentativas e foi “apanhado”
  • em fora-de-jogo em quatro ocasiões.

Resumo

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