O Infarmed revelou esta quarta-feira que proibiu a colocação no mercado do teste rápido de autodiagnóstico VIH do fabricante chinês Zhuhai Encode Medical Engeneering por falta de conformidade com a diretiva europeia.
Apesar de este dispositivo médico não estar à venda em Portugal, o Infarmed frisa que existe livre circulação de produtos no Espaço Económico Europeu e que o produto, que não apresentava a marcação CE, era vendido na Internet.
Além de recomendar que este produto não seja usado, o Infarmed solicita ainda que a existência deste teste rápido seja reportada à direção de produtos de saúde do regulador. A falha foi detetada no âmbito de uma fiscalização da autoridade sueca competente.
Por outro lado, já é possível comprar nas farmácias autotestes ao vírus da SIDA para fazer em casa. Os resultados demoram apenas 15 minutos. Cada teste custa entre 20 e 25 euros e vai ser também possível comprar os testes através do site da Associação Abraço. Para fazer o autodiagnóstico basta picar o dedo, recolher três gotas de sangue e o resultado aparece em forma de barras, semelhante aos testes de gravidez.
Se o resultado for positivo, o utente deve contactar a linha SNS 24 para que possa fazer um novo teste de confirmação e ser acompanhado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Apesar de muito fiáveis, não são testes de diagnóstico, mas apenas orientadores para o diagnóstico – que só é possível com recurso aos testes convencionais de laboratório. No caso do VIH, é preciso observar o chamado “período janela”, que é de três meses após a exposição ou contacto.
A medida estava prevista desde o ano passado, mas a falta de interesse da indústria farmacêutica atrasou o processo. Agora, uma marca já registou o interesse em comercializar os testes e as farmácias já começaram a fazer encomendas. A Mylan foi, para já, a única marca produtora dos testes que se registou junto do Infarmed para os comercializar em Portugal.
ZAP // Lusa