O que era uma brincadeira de amigos, leva Bernardo Silva a ser investigado por racismo

A Federação Inglesa de futebol está a investigar um tweet do português Bernardo Silva sobre o seu colega de equipa Benjamin Mendy, por alegado racismo.

Amigos e parceiros da bola há vários anos, Bernardo Silva e Benjamin Mendy estão agora no centro de uma investigação da Federação Inglesa de Futebol por racismo. Em causa está um tweet publicado pelo português no qual compara uma foto de Mendy, em criança, com uma imagem do boneco da marca de chocolates “Conguitos”.

Na descrição lia-se “Adivinham que é?”. O lateral francês reagiu bem a mais uma piada, que já é algo comum entre os dois jogadores, respondendo com emojis de riso e a mensagem: “1-0 para ti, vamos ver”.

Quem não achou tanta piada foi a federação inglesa, que já estará a investigar o tweet por racismo do português. Em resposta ao próprio tweet, vários utilizadores acusaram Bernardo Silva de racismo.

Entretanto, o internacional luso — que até marcou um hat-trick, neste fim-de-semana, na vitória esmagadora de 8-0 ao Watford — apagou o tweet e reagiu pouco tempo depois.

https://twitter.com/BernardoCSilva/status/1175749378071511040

“Hoje em dia já nem se pode brincar com um amigo…”, escreveu o jogador do Manchester City no Twitter. Novamente, várias pessoas vieram criticar o jogador, defendendo que este deveria manter a “brincadeira entre amigos” fora das redes sociais.

Para devolver na mesma moeda, um utilizador até fez uma montagem semelhante, onde compara uma foto de Bernardo Silva, também em criança, com um outro boneco da “Conguitos”.

https://twitter.com/FragileBerg/status/1175761913839575040

Bernardo Silva e Benjamin Mendy começaram a jogar juntos na época 2016/17, ambos ao serviço do Mónaco. Na época seguinte, transferiram-se para o Manchester City, onde têm mantido uma relação de amizade desde então.

“Até hoje, quando vejo uma notificação [no telemóvel] do Mendy, abano a cabeça, porque sei que vem aí algo maluco“, disse o português ao Players’ Tribune”, em 2018, citado pelo Tribuna Expresso.