A ascensão de João Félix foi em flecha e apanhou os mais distraídos de surpresa. O jornal americano The New York Times dedicou um extenso artigo ao estrelato repentino do jogador português.
“Félix passou da academia do Benfica para o herdeiro de Cristiano Ronaldo com uma velocidade vertiginosa. Mas quão rápido é muito rápido?“, começou por escrever o jornal americano The New York Times. A popularidade de João Félix cresceu de vento em poupa e já ultrapassou as barreiras ultra-atlânticas.
Com recurso a testemunhos de Nuno Gomes, antigo diretor da formação do SL Benfica, de João Tralhão, antigo técnico de Félix nas camadas jovens, e José Boto, antigo olheiro dos ‘encarnados’, o NY Times conta a história de um jovem que tomou o mundo de rajada, sem que ninguém o fizesse prever. “João Félix está cheio de pressa. Assim como toda a gente” é o título do artigo que faz montra ao jovem português.
“João Félix não teve de fazer nada de especial para as pessoas acreditarem nele. Não houve um momento de luz para convencer os treinadores do Benfica de que estava destinado à grandeza nem nenhuma performance heroica que marcasse o seu estrelato. Mesmo na adolescência – com um aparelho nos dentes, o cabelo sobre os olhos e ombros leves – Félix era um jogador de amor à primeira vista“, lê-se.
Para Tralhão, o que se destacou no jogador foi que Félix era um perfecionista, mesmo nos exercícios mais básicos – quase ao estilo bem conhecido de Cristiano Ronaldo.
“Nove meses depois, é uma superestrela, tão jovem que esperam que carregue um dos maiores clubes do mundo em duas das maiores competições, ao mesmo tempo que os pais fazem turnos de seis meses a viver com ele em Madrid. É isto que é diferente na história de Félix: não os factos, mas o contexto. Antes, ele talvez tivesse tido mais tempo para se desenvolver nas águas relativamente calmas em Portugal, saindo depois de um par de temporadas como titular da primeira equipa”, pode ler-se.
Nuno Gomes realça ainda que os clubes agora estão mais dispostos a apostar na academia. Um fenómeno que bem se tem assistido em Portugal, com apostas recentes em jogadores como, por exemplo, Florentino Luís, Nuno Tavares, Gedson Fernandes, Romário Baró e Thierry Correia.
“Ele pensa mais depressa do que os outros. Os clubes encontraram agora um modelo mais baseado nas academias de jovens e os treinadores estão mais inclinados a apostar nos jovens. A mentalidade agora é encontrar talento nas academias”, atirou Nuno Gomes.
Este está a passar ao estrelato pela mão de jornalistas e é pena pois corre o risco de passar de bestial a besta caso não tenha a força suficiente para se saber dominar, vamos aguardar para ver o que irá dar.