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Inteligência Artificial usada para prever ataques cardíacos mortais

Graças à Inteligência Artificial, os cientistas conseguem prever com um elevado grau de precisão ataques cardíacos mortais, até cinco anos antes de eles acontecerem.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. Por isso, conseguir prever um ataque cardíaco mortal seria um enorme avanço na medicina. Os cientistas começam agora a dar os primeiros passos rumo a esse objetivo.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford usou a Inteligência Artificial para criar um novo biomarcador — uma espécie de impressão digital — capaz de identificar pessoas com um grande risco de um ataque cardíaco fatal, cinco anos antes de ele acontecer. Os cientistas conseguem saber isto ao detetar sinais biológicos de perigo nos vasos sanguíneos que bombeiam sangue para o coração.

Atualmente, não há nenhum método eficaz para detetar ataques cardíacos com antecedência, pelo que esta nova técnica pode revelar-se altamente revolucionária.

Os cientistas fizeram biopsias de 167 pessoas que iam fazer uma cirurgia cardíaca e analisaram os resultados para descobrir quais as zonas que melhor demonstravam as alterações na gordura que envolve os vasos cardíacos.

Mais tarde, segundo o Tech Explorist, compararam os resultados obtidos na primeira análise com as imagens da angiografia dos indivíduos que nos cinco anos seguintes vieram a ter um ataque cardíaco. Desta forma, conseguiram compreender as alterações na gordura perivascular — que rodeia os vasos sanguíneos — e perceber quais os indicadores de que alguém está sob elevado risco de um ataque cardíaco.

É aqui que a Inteligência Artificial entra em jogo. A partir dos resultados, a equipa de investigadores construiu uma “impressão digital” que capta o nível de risco deste problema cardiovascular. Ao testá-la em mais de 1.500 pessoas, a taxa de sucesso revelou-se bastante satisfatória.

Os cientistas esperam que, a partir do próximo ano, este método já esteja ao dispor dos profissionais de saúde. A inclusão do serviço nacional de saúde britânico é perspetivada para daqui a dois anos.

No entanto, Charalambos Antoniades, professor de medicina cardiovascular na Universidade de Oxford, realça que “só porque o exame de alguém mostra que não há estreitamento da artéria coronária, isso não significa que estão a salvo de um ataque cardíaco”.

ZAP //

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