O jornalista Ahmed Rilwan Abdulla, desaparecido desde 2014, foi assassinado por uma célula do grupo terrorista da al-Qaeda.
Desaparecido desde 2014, Ahmed Rilwan Abdulla foi assassinado por uma célula do grupo terrorista da al-Qaeda. O jornalista do Maldives Independent foi raptado à porta de sua casa, na ilha de Hulhumale, tendo sido levado para um barco em alto-mar, onde terá sido assassinado.
Segundo a Sábado, a notícia do seu assassinato está a ser avançada por um investigador que faz parte de um painel que investiga mortes e desaparecimentos nas Maldivas.
Todo o painel reconhece, pela primeira vez, a atividade do grupo terrorista nas ilhas e afirma que o mesmo tem estado numa campanha para silenciar as vozes mais críticas do islamismo radical. Ahmed Rilwan Abdulla escreveu sobre corrupção e militância islâmica.
O jornalista foi sequestrado em agosto de 2014, um ano após a eleição do ex-Presidente Abdulla Yameen. As críticas de Rilwan ao Governo e ao islamismo radical fizeram dele um alvo de grupos extremistas, na opinião de vários jornalistas locais e de grupos de defesa dos direitos humanos.
“Rilwan foi assassinado por islâmicos radicais associados a grupos jihadistas estrangeiros que o ameaçaram em várias ocasiões”, afirmou Husnu Suood, chefe da Comissão Presidencial de Investigação de Assassinatos e Desaparecimentos Forçados este domingo.
Suood garante que o jornalista era visto como uma ameaça ao recrutamento de combatentes nas Maldivas por grupos militantes vinculados à guerra civil da Síria.
Segundo a Reuters, o grupo de investigadores descobriu ainda que o ex-Presidente tentou “calar a investigação” do sequestro de Rilwan, tentando desdramatizar o sequestro do jornalista que era bastante crítico do Governo.