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Amuletos, espelhos e cristais. “Tesouro das bruxas” descoberto em Pompeia

O mais recente tesouro arqueológico descoberto nas ruínas de Pompeia foi apelidado de “o tesouro das feiticeiros”.

Dentro dos restos de um caixão de madeira e metal havia pedras preciosas e amuletos de boa sorte, contas de vidro esculpidas na forma de deuses romanos e até mesmo uma pequena caveira. A descoberta aconteceu na Casa do Jardim do parque arqueológico.

Na mesma área foi o ano passado descoberta uma inscrição indicando que a erupção do Vesúvio pode ter ocorrido dois meses depois do que se pensava anteriormente. Os objetos encontrados terão sido coisas que os habitantes da casa não conseguiram tirar de casa antes de escaparem do desastre.

A madeira da caixa decompôs-se e apenas as dobradiças de bronze permanecem bem preservadas sob o material vulcânico. Entre os inúmeros objetos encontrados, dois espelhos, pedaços de colar, elementos decorativos feitos de faiança, bronze, osso e âmbar, um vidro unguentário, amuletos fálicos, uma figura humana e várias gemas.

Numa pasta de vidro está gravada a cabeça de Dionísio. A alta qualidade das pastas de âmbar e vidro e a gravação das figuras confirmam a importância do dono do domus.

“Todos os materiais usados nestes objetos, âmbar, bronze, ossos pequenos e vidro, são usados em colares e outros objetos ligados à beleza feminina” revela o responsável pelo Parque Arqueológico de Pompeia, Massimo Osannam, em comunicado.

“São objetos da vida quotidiana no mundo feminino e são extraordinários porque contam micro-histórias, biografias dos habitantes da cidade que tentaram escapar da erupção. Na mesma casa, descobrimos uma sala com dez vítimas, incluindo mulheres e crianças, e agora estamos a tentar estabelecer relações de parentesco, graças à análise de ADN. Talvez a preciosa caixa pertença a uma dessas vítimas”.

A pequena coleção pertenceu, provavelmente, a um servo ou escravo e pode ter sido usada durante rituais como um amuleto contra a má sorte.

Em breve as jóias serão expostas no Palestra Grande, numa exposição que será uma continuação de “Vanity”, a exposição dedicada às jóias das Cíclades e Pompeia, bem como de outros locais em Campania.

ZAP //

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