As autoridades federais dos EUA estão a investigar o empresário Elliott Broidy, um conhecido angariador de fundos republicano, por suspeitas de que terá recebido dinheiro para facilitar o acesso à tomada de posse de Donald Trump, em 2017, numa teia de milhões que chega a Angola.
O jornal The Wall Street Journal (WSJ) assegura que foi aberta uma investigação criminal para apurar se Elliott Broidy retirou benefícios financeiros das suas boas relações com a administração de Donald Trump.
Os investigadores estão a analisar, nomeadamente, se Broidy recebeu dinheiro de entidades estrangeiras, através da sua empresa, para facilitar-lhes o “acesso especial” à tomada de posse de Donald Trump, em 2017.
A teia de milhões analisados chega a Angola e também à Roménia. Os investigadores detectaram uma transferência de 6 milhões de dólares paga pelo Estado angolano à empresa de Broidy, a Circinus. Essa verba foi transferida dias antes de o empresário ter apresentado vários representantes angolanos a diversos membros do Congresso dos EUA, na mesma altura da tomada de posse de Trump.
Broidy também terá convidado vários elementos angolanos e romenos para outros eventos inaugurais em 2017.
Esta postura pode violar as Leis norte-americanas, nomeadamente o Acto de Registo de Agentes Estrangeiros que exige a quem represente clientes estrangeiros perante membros do Congresso que revele esse dado.
Em declarações ao WSJ, representantes de Broidy asseguram que ele nunca recebeu dinheiro para fazer lobby e que, por isso, “nunca lhe foi exigido registar-se”.
Broidy, reconhecido como um dos grandes angariadores de fundos da campanha de Trump em 2016, tornou-se vice-director de finanças do Partido Republicano.
O nome do empresário já esteve envolvido noutras polémicas. Em 2009, esteve implicado num escândalo com subornos a políticos de Nova Iorque para que a sua empresa ganhasse a corrida a um contrato público de 250 milhões de dólares.