A sonda espacial Curiosity, da NASA, detectou elevado níveis de emissão de metano na superfície de Marte. A presença do gás, normalmente produzido por seres vivos, pode ser evidência de vida bacteriana no planeta vermelho.
A descoberta, que aconteceu durante uma medição realizada na passada quarta-feira pela sonda Curiosity: o rover detectou nuvens com elevados níveis de metano em Marte. Os dados chegaram à Terra na sexta-feira, deixando em euforia os cientistas da NASA.
A agência espacial norte-americana ainda não anunciou a descoberta, que foi divulgada este sábado pelo jornal norte-americano The New York Times.
“Perante este resultado surpreendente, reorganizámos o fim-de-semana para conduzir experiências de confirmação”, diz o cientista responsável pela missão, Ashwin Vasavada, num email dirigido à sua equipa, a que o jornal norte-americano teve acesso.
A presença no Planeta Vermelho de níveis significativos deste gás, que normalmente é produzido biologicamente, poderá ser um indício da existência de vida microbiana em Marte.
Em 2012, o Curiosity esteve à procura de metano no planeta vermelho, sem sucesso. No ano seguinte, a sonda detectou um pico repentino, de 7 partes por mil milhões, que se manteve observável durante dois meses.
A Curiosity detectou agora 21 partes por mil milhões de volume de metano — a maior quantidade alguma vez medida durante as missões de exploração que a NASA conduz desde 1972 em Marte. O rover não é, no entanto, capaz de determinar a origem do metano descoberto.
A descoberta deste nível de metano à superfície do planeta reforça a esperança de que possa ter havido algum tipo de vida em Marte – nomeadamente vida microbiana – e que os seus descendentes possam ter sobrevivido no subsolo até hoje.
Mas apesar de a maior parte do metano produzido na Terra ser de origem biológica, há também metano produzido por reações geotérmicas, não biológicas.
É portanto possível que o metano encontrado seja de origem geológica e tenha estado retido no subsolo de Marte durante milhões de anos — escapando agora através de alguma eventual fenda.
Thomas Zurbuchen, administrador da NASA e director da missão, confirmou entretanto a notícia no seu perfil no Twitter, mas salienta que é necessário aguardar mais resultados. “Sendo esta uma descoberta excitante, não significa necessariamente que haja vida em Marte, porque o metano pode ser criado por interacções entra água e rochas”.
Durante o fim-de-semana, a Curiosity recebeu novas instruções e realizou medições de follow-up, para confirmar os dados obtidos a semana passada. Os resultados devem chegar esta segunda-feira à Terra, onde a equipa de Ashwin Vasavada aguarda (com incontida ansiedade) por um sinal de vida.
É especulativa esta notícia.
Então e em Titan, satélite de Saturno, onde existem mares e lagos de hidrocarbonetos, metano incluído?
Sem se conhecerem condições para a vida…
Ou seja, muito provavelmente a origem do metano de Marte é também geológica. A vida é um fenómeno MUITO raro que necessita de condições muito precisas e delicadas que não existem em mais nenhum planeta aqui por perto.
E já agora, na Terra, onde os especuladores do preço dos hidrocarbonetos dizem que estes recursos não são renováveis?
Pois … apesar de ser um processo lento, são renováveis, aqui por via geológica e biológica.
cicle time,
Energia não sustentada não pode ser considerada renovável, se gastamos 1000M/Ano e só se renova a uma “velocidade” de 1M/100anos.
Quanto à noticia obviamente como todas as outras até hoje são especulativas e alimentam a “nossa” procura por indícios de vida ao mínimo sinal de condições para tal como a conhecemos na Terra. Mas quem sabe se não somos surpreendidos por provas de vida extinta em Marte e esses seres que foram instintos em Marte somos “Nós”. Tirada à Netflix Produções!