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Funcionário público russo tenta suicidar-se durante audiência por corrupção

Alexander Shestun tentou o suicídio durante uma audiência no tribunal por corrupção. O funcionário público russo cortou o pulso com um fragmento de uma lâmina descartável.

Antigo chefe do distrito de Serpukhov, Alexander Shestun estava a ser julgado em tribunal por um alegado caso de corrupção. O russo terá transferido ilegalmente quatro lotes de terrenos públicos para uma empresa privada, custando ao Governo local um valor de cerca de 965 mil dólares. Shestun terá também recebido um suborno de 146 mil dólares.

Durante a sua audiência em tribunal, o funcionário público apelou à sua inocência e realça que a sua acusação é politicamente motivada. A certa altura, Shestun disse que só tinha um argumento restante: a sua vida. De seguida, cortou o pulso com um fragmento de uma lâmina descartável que trazia consigo.

“Shestun disse ao tribunal que tinha sido torturado e espancado, que esteve preso durante um ano sem nenhuma prova da sua culpa”, disse Vlad Rucin, assessor de imprensa do russo, citado site russo Znak.

Em tribunal, Shestun disse também que a sua família foi perseguida e “privada do seu sustento”. O russo não estava presente no tribunal, uma vez que estava a ser ouvido a partir de um centro de detenção.

Segundo o The Moscow Times, apesar da sua esposa ter dito que Shestun foi hospitalizado, o Serviço Penitenciário Federal afirmou que apenas lhe foram prestados cuidados médicos, sem que tenha sido necessária a sua hospitalização.

Alegando estar a ser vítima de uma perseguição política por parte de Ivan Tkachev, chefe do Serviço Federal de Segurança, Shestun fez greve de fome entre fevereiro e maio deste ano — e havia retomado o protesto dia 14 deste mês.

‪Сегодня исполнилось 23 года моему старшему сыну Саше. У него высокий интеллект и шикарное образование. Мне очень…

Publicado por Александр Шестун em Sexta-feira, 21 de junho de 2019

“O meu filho mais velho, Sasha, faz hoje 23 anos. Ele tem uma inteligência e educação incrível. Magoa-me muito o facto de não poder participar no seu destino — seja em relação à educação ou ao seu emprego”, escreveu Shestun, esta sexta-feira, no Facebook — dando a ideia que ainda continua detido, mas que está em condições estáveis de saúde.

ZAP //

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