Um novo imposto sobre as emissões de dióxido de carbono na aviação pode fazer com que os bilhetes fiquem 10% mais caros. A subida rondaria os 24 euros no preço médio das viagens.
Os bilhetes de avião podem ficar mais 10% mais caros devido a um novo imposto sobre as companhias aéreas. A Comissão Europeia quer taxar as emissões de CO2 dos aviões, de forma a reduzir a poluição do setor. A opção está a ser equacionada após a divulgação de um estudo sobre os efeitos da introdução de novos impostos sobre a aviação, levado a cabo pela Transport & Environment.
De acordo com o Diário de Notícias, o estudo mostra que na Europa praticamente não existem taxas sobre a aviação e com a imposição desta nova taxa, a procura em Portugal cairia 11% e os preços subiam, em média, 10%. Assim sendo, com o valor médio de um voo a rondar os 257 euros, o passageiro passaria a cobrar 281 euros.
Bruxelas não prevê que a medida tenha um impacto no emprego e explica que caso haja algum impacto negativo no setor “seria compensado por resultados melhores noutros setores pelo aumento da receita fiscal“.
A menor procura devido à subida dos preços levaria assim a um menor tráfego aéreo e, consequentemente, a menos emissões de gases com efeitos de estufa.
“A opção por novas taxas sobre a aviação não deve ser vista de forma isolada, mas inserida num pacote de medidas que envolva o sistema de comércio de emissões, contrapartidas, combustível e padrões das aeronaves, bem como as suas melhorias operacionais”, explicou um porta-voz da Comissão Europeia.
A medida procura ter um efeito mínimo na conectividade, mas poderá ser um caminho rumo às emissões zero. A IATA, Associação Internacional de Transportes Aéreos, define como principal objetivo “ter um crescimento neutro em carbono” e recorda que “as emissões de carbono são a maior preocupação da indústria da aviação”.
