Dificuldades das mães em amamentar podem estar associados a depressão pós-parto. Um estudo descobriu que as mulheres que experienciavam estes problemas são mais propensas ao stress.
A amamentação traz benefícios tanto para a mãe, como para o filho. Contudo, há certas mulheres que encontram complicações ao fazê-lo. Até agora, os médicos focavam-se muito na vertente física, descurando o impacto psicológico que não conseguir amamentar pode trazer.
Em alguns casos, as mães sentem dores intensas, levando a que a quantidade de leite produzido seja menor do que o necessário. Como consequência, algumas mães acabam por recorrer ao leite em pó e ficam com receio de não estarem a fazer o melhor para os seus filhos.
Sintomas de depressão pós-parto (DPP) podem surgir caso a mãe não consiga amamentar corretamente. Há evidências recentes de que mulheres com dificuldades para amamentar podem estar em risco de depressão pós-parto. Um estudo que envolveu mais de 2.500 mulheres descobriu que as mães que tiveram experiências de amamentação negativas eram mais propensas a ter sintomas de depressão.
Nos Estados Unidos, as estatísticas mostram que apenas 25% das mães amamentam exclusivamente os seus bebés até ao mínimo recomendado de seis meses e 10% experienciam DPP.
Um estudo publicado na Maternal and Child Health Journal mostrou que o efeito da amamentação na saúda mental pós-parto variava de acordo com a mulher, durante a gravidez, ter planeado amamentar o seu bebé ou não. As mulheres que pretendiam amamentar o bebé, mas não conseguiram, apresentaram taxas mais altas de depressão pós-parto.
Assim sendo, a dificuldade de amamentar pode levar a quantidades significativas de stress, que afetam o estado psicológico da mãe e que, consequentemente, podem afetar o bem-estar dos seus bebés.
ZAP // The Conversation