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A natureza do grito foi finalmente desvendada

Os cientistas sempre tiveram uma grande dificuldade em explicar o que é um grito e o que torna tão caracteristicamente próprio. No entanto, os resultados do seu estudo podem ajudar a compreender melhor este fenómeno.

O grito tem características acústicas que os distinguem de outros tipos de sons e que nos permitem identificar que se trata de um grito — até mesmo quando não o é. Pode parecer ambíguo, mas uma experiência levada a cabo por cientistas da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, podem ajudar a explicar.

Como tal, reuniram 181 voluntários para ouvirem 75 diferentes sons, que variavam entre risos, choros, gemidos, gritos, entre outros. Os voluntários tentaram então adivinhar se o som que ouviram era ou não um grito.

“Nós não fornecemos nenhum tipo de definição para um grito, porque estávamos a tentar entender, na mente da pessoas, o quê que distingue um grito de outros tipos de vocalizações”, disse Jay Schwartz, cientistas responsável pela experiência.

“Em termos evolucionais, os gritos provavelmente funcionaram originalmente para assustar os predadores que atacavam as pessoas. A investigação sobre gritos tem potencial para nos ajudar a entender a evolução da comunicação emocional”, acrescentou.

Ao analisarem os 75 sons usados nas experiência, os cientistas descobriram que estes tinham semelhanças acústicas. As pessoas consideravam mais facilmente um grito, caso este fosse num tom mais alto e tivesse uma mudança variada — subindo primeiro e descendo o tom no fim.

De acordo com a NewScientist, todos os voluntários da experiência consideraram este som um grito. Sons, como este, que mantinham um tom mais estável, eram maioritariamente percebidos como não sendo gritos.

Surpreendentemente, o som de um apito foi entendido por 70% dos participantes como sendo um grito. “Foi porque o apito exibiu muitas das qualidades acústicas que encontramos associadas a um grito, incluindo o tom agudo e a aspereza”, disse Schwartz.

ZAP //

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