Bombeiros profissionais de todo o país manifestam-se esta quarta-feira em Lisboa contra as novas regras de aposentação e para mostrarem um “cartão vermelho” à proposta aprovada pelo Governo que coloca “em risco a integridade física” desta classe.
Organizada pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP), a manifestação tem como lema a “luta por uma aposentação justa e digna”.
O protesto acontece depois do Governo ter aprovado, a 9 de maio, o decreto-lei referente à aposentação dos bombeiros sapadores e dos bombeiros municipais, que segundo a ANBP/SNBP, aumenta para os 60 anos a idade de reforma.
De acordo com a ANBP/SNBP, os bombeiros profissionais não aceitam esta intenção e querem a pré-reforma aos 55 anos, como acontece com as forças de segurança.
Fernando Curto, presidente da ANBP, afirmou à Sábado que os bombeiros consideram “legítimo a proposta da aposentação aos 50/55 anos, sendo contemplada a pré-aposentação e a reserva. Porque um bombeiro com 50 anos já tem alguma dificuldade relativamente à destreza física. Portanto, se tiverem de trabalhar até aos 60 anos, essa dificuldade vai aumentar significativamente“.
A idade proposta pelo Governo para a aposentação coloca em risco de vida tanto os bombeiros como as pessoas que estes devem salvar, defende a ANBP. “Achamos que devemos ter a pré-reforma aos 55 anos, como acontece com as forças de segurança.”
A concentração, que está marcada para as 16h00, decorre entre Santos e a Assembleia da República, onde uma delegação de ANBP/SNBP vai entregar um memorando ao presidente da Assembleia da República.
A organização estima que estejam presentes na manifestação algumas centenas de bombeiros, entre municipais e sapadores, bem como elementos da Força Especial de Bombeiros, operadores de comunicações do centro nacional de operações e socorro e dos comandos distritais e bombeiros profissionais das associações humanitárias.
O Governo também aprovou, a 9 de maio, o estatuto dos bombeiros profissionais, que vai permitir uma carreira única e ordenados iguais para sapadores e municipais.
ZAP // Lusa