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Em 2020, podem morrer mais de 500 pessoas nas estradas portuguesas

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) acusa o Governo de pouco ter posto em prática daquilo que está previsto no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária aprovado há dois anos.

De acordo com a TSF, um estudo feito pelo Observatório ACP à evolução da segurança rodoviária entre 2008 e 2018 conclui que, a manterem-se as últimas tendências, em 2020 deverão morrer 520 pessoas nas estradas portuguesas, muito acima da meta prevista nesse plano (399). Ou seja, mais 121 vítimas mortais que podiam ser evitadas.

O ACP defende que são necessárias, com urgência, as prometidas medidas para reverter uma situação que coloca Portugal acima da média da União Europeia em número de mortos, feridos e acidentes rodoviários, bastando vontade política para cumprir o Plano Estratégico de Segurança Rodoviária em vigor desde 2017 e até 2020.

Se nada for feito, o ACP prevê mais mortos dentro e fora das localidades, entre peões e condutores, nas zonas de Lisboa, Centro, Alentejo e Algarve, bem como em acidentes com carros, mas também motas e bicicletas.

O estudo aponta medidas já previstas no Plano e que podem ser aplicadas a curto prazo. Por exemplo, a integração de radares nos semáforos, alterar o Código Penal nos casos de condução sob efeito de substâncias psicotrópicas e um controlo de forma mais ativa dos veículos sem seguro ou inspeção.

É ainda recomendada a criação de um Grupo de Trabalho no Parlamento para controlar a aplicação do Plano Estratégico e de uma equipa no Ministério Público especializada em crimes rodoviários.

O presidente do ACP, Carlos Barbosa, defende em declarações à TSF que não basta colocar as coisas no papel – é preciso executá-las e o Governo pode, se for rápido e mesmo em fim de legislatura, evitar muitos mortos nas estradas até 2020.

ZAP //

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