A Palanca Negra Gigante está em risco de extinção. Restam 200

Angola conta atualmente com apenas 200 exemplares da Palanca Negra Gigante, endémica e ameaçada de extinção, sobretudo devido à caça furtiva e à “carência de fiscais” para controlar os parques.

Segundo o secretário de Estado do Ambiente angolano, Joaquim Manuel, os cerca de 200 animais estão concentrados no Parque Nacional da Cangandala e na Reserva Integral do Luando, na província angolana de Malanje, e “continuam ameaçados e em fase decrescente”.

“O número que temos hoje indica que o pico continua decrescente e temos de elevá-lo. Hoje temos à volta de 10%, em comparação com a época colonial, e teríamos de ter um número suficiente à volta de 70% para assim podermos acautelar sua continuação”, disse.

Em declarações aos jornalistas, no final de um “workshop” de balanço do Programa de Proteção e Conservação da Palanca Negra Gigante, realizado hoje, em Luanda, Joaquim Manuel apontou, no entanto, que as ações de conservação da espécie melhoraram, substancialmente, desde 2003”. Atualmente, sublinhou, pode falar-se “de uma recuperação”.

Mas ainda está ameaçada. Existe um Plano de Gestão para os próximos cinco anos e isso é muito bom, porque já se pode estar a avançar para outras atividades que não poderíamos desenvolver, como o ecoturismo, que poderá trazer os fundos para a conservação. Queremos levar o turismo para essas zonas para dar a conhecer o animal e arrecadar alguns recursos”, adiantou.

A caça furtiva, comercial e de sobrevivência, continua a preocupar as autoridades ambientais de Angola, acrescida à incapacidade de os fiscais cobrirem a 100% os oito parques nacionais e as quatro reservas naturais integrais.

Segundo o governante, para um maior controlo dessas áreas, o Ministério do Ambiente necessita de pelo menos 8.000 fiscais, tendo em conta que só existem 1.600, “um número insignificante para responder a demanda”.

“A inserção do ecoturismo vem também no sentido de termos uma capacidade financeira para aumentarmos o número de fiscais nessas zonas”, acrescentou.

// Lusa

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