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Houve explosões na pedreira na véspera da tragédia de Borba

Nuno Veiga / Lusa

Um dos sobreviventes da derrocada, que em novembro do ano passado matou cinco pessoas em Borba, garante que na véspera da tragédia “houve explosões e fogo” no fundo da pedreira.

Um dos sobreviventes da derrocada de uma estrada entre duas pedreiras em Borba, que em novembro do ano passado matou cinco pessoas, garante que na véspera da tragédia “houve explosões e fogo” no fundo da pedreira, “muito perto da Estrada Municipal 255”.

A denúncia foi feita por Joaquim Malta, trabalhador da pedreira de Borba. “Houve explosões e já disse à PJ“, garantiu ao Correio da Manhã. Joaquim disse que estava presente na pedreira no dia do incidente, onde viu morrer dois colegas. Por sorte, conseguiu escapar ileso da tragédia.

O trabalhador reconheceu ainda que “não há muitas fiscalizações” e que a “insegurança é muita“. “Desde que trabalho nas pedreiras sempre se trabalhou com fogo, mas tem de haver uma norma: faz-se um buraco e ataca-se. Não sei se teve influência na tragédia, mas o fogo foi metido nas pedras que estavam soltas, perto do local onde estava a máquina”, contou.

O Correio da Manhã contactou o proprietário da pedreira A.L.A. Almeida para explicar estas denúncias, mas não obteve qualquer resposta.

A pedreira está atualmente fechada e o último salário que o trabalhador recebeu foi em dezembro. As contas acumulam-se e os pesadelos continuam a lembrar inúmeras vezes o minuto em que a estrada assassina engoliu as pessoas.

O deslizamento de um grande volume de rochas, blocos de mármore e terra e o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada municipal 255, entre Borba e Vila Viçosa, para o interior de duas pedreiras contíguas ocorreu no dia 19 de novembro às 15h45.

ZAP //

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