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D. Zagreb vs Benfica | Águia inofensiva perde na Croácia

Antonio Bat / EPA

O Benfica não conseguiu dar sequência aos bons resultados e foi derrotada na deslocação a Zagreb.

Frente ao Dínamo, a formação lusa perdeu por 1-0, num jogo em que apresentou muitas novidades no “onze” inicial, dominou amplamente o jogo, mas não teve forma de contornar a defesa férrea e as duas linhas muito recuadas e juntas dos croatas, que não deram espaços para os ataques “encarnados”.

Tal fica espelhado nos parcos seis remates que o Benfica realizou, apenas dois enquadrados. Para a História fica também a lesão de Haris Seferovic.

O Jogo explicado em Números

  • As muitas alterações promovidas por Bruno Lage, em especial no meio-campo, com Gedson Fernandes e Filip Krovinovic a ocuparem as alas, não retirou a tendência da equipa lusa para assumir o domínio territorial.
  • No primeiro quarto-de-hora, as “águias” registaram 70% de posse de bola e um remate, enquadrado, uma ocasião flagrante desperdiçada por Álex Grimaldo, mas sentiam algumas dificuldades de penetração na defensiva contrária.
  • Embora a formação “encarnada” mantivesse o domínio, com um futebol mais cerebral e pausado, para controlar os acontecimentos, os croatas começaram a soltar-se, somando já quatro remates, dois enquadrados, à passagem da meia-hora, embora todos tivessem sido realizados de fora da área. A defesa benfiquista mostrava coesão e não dava espaços.
  • Contrariedade para o Benfica aos 33 minutos, com Haris Seferovic a sair lesionado. Até ao momento, o suíço pouco tinha feito, registando apenas um passe para finalização como acção de jogo mais relevante. E aos 36 o árbitro assinalou grande penalidade, por falta de Rúben Dias sobre Dani Olmo, a grande figura da equipa da casa. Na conversão, Bruno Petkovic não desperdiçou – primeiro golo ao sexto remate do Dínamo, terceiro enquadrado.
  • O Benfica continuava a ter muita bola, mas não encontrava forma de criar perigo, limitando-se aos dois remates, um enquadrado, à passagem dos 40 minutos. O Dínamo fechava-se muito bem e partia forte para o contra-ataque e nos descontos do primeiro tempo, Amer Gojak isolou-se, mas Odysseas Vlachodimos evitou o pior.
  • Muitas dificuldades para o Benfica no primeiro tempo.
  • Apesar do claro domínio territorial, essa posse era, em grande medida, permitida pelo Dínamo, equipa muito forte nas transições e que conseguiu criar muito perigo ao longo do primeiro tempo através de rápidos contra-ataques.
  • E foi num desses lances que conseguiu o penálti que lhe dava vantagem no primeiro tempo, para além de mais remates.
  • Os “encarnados” não tinham espaços para chegar à área contrária e, ao descanso, registavam apenas duas acções com bola na grande área contrária, por João Félix e Grimaldo.
  • O melhor em campo ao intervalo era Vlachodimos. O guardião benfiquista registava um GoalPoint Rating de 6.3, fruto de três defesas, todas seguras.
  • O primeiro quarto-de-hora do segundo tempo testemunhou a um domínio ainda mais acentuado por parte do Benfica, chegando aos 74% de posse de bola, mas os problemas mantinham-se, sendo que as “águias” não registavam qualquer remate desde o descanso à passagem da hora de jogo.
  • O primeiro remate benfiquista no segundo tempo aconteceu apenas aos 66 minutos, por Krovinovic, numa altura incaracterística do jogo. O Dínamo parecia, pelo menos momentaneamente, satisfeito com a vantagem mínima e o Benfica lançava no jogo Rafa Silva e Zivkovic, deixando apenas Gabriel como médio de características mais defensivas. O brasileiro registava, aliás, cinco duelos aéreos defensivos ganhos em sete e oito recuperações de posse à passagem dos 70 minutos.
  • O jogo encaminhou-se para fim com a mesma toada. Benfica com muita bola, mas sem espaços, podendo gabar-se, nesta fase, de ter estancado as transições contrárias, ao ponto de o Dínamo registar apenas um remate no segundo tempo aos 80 minutos. O problema é que do outro lado, os “encarnados” só conseguiram rematar duas vezes, sem a melhor direcção.

O Homem do Jogo

Num jogo praticamente de sentido único, com o Benfica a atacar e a ter a bola, sem dar praticamente hipóteses de ataque aos croatas na segunda parte, o melhor em campo acabou por ser, paradoxalmente, o defesa-central benfiquista Ferro. A explicação é simples: das poucas vezes que os homens da casa chegaram ao último terço do terreno no segundo tempo, o jovem esteve impecável e anulou praticamente todos os lances. No final, Ferro registava um GoalPoint Rating de 6.6, mercê fundamentalmente das muitas acções defensivas que somou, nada menos que 14 – quatro desarmes, cinco intercepções e outros tantos alívios, para além de um corte decisivo. E apenas foi driblado uma vez. Uma exibição “férrea” do central.

Jogadores em foco

  • Odysseas Vlachodimos 6.2 – O segundo melhor em campo foi o guarda-redes benfiquista, em especial pelo que fez no primeiro tempo, altura em que registou o rating mais elevado de todos. Aliás, o grego não somou nenhuma defesa na etapa complementar, mantendo as três, todas seguras.
  • Sébastien Corchia 5.9 – Boa prestação do lateral-direito francês. Com o caminho para a baliza croata fechado a sete chaves pelo eixo central, Corchia aproveitou a necessidade benfiquista de atacar pelas alas para mostrar serviço. Para além de registar o número máximo de cruzamentos do jogo (cinco, nenhum eficaz), somou ainda dois dribles eficazes em quatro e quatro desarmes.
  • Marin Leovac 6.0 – Ainda assim, Corchia teve pela frente o melhor dos croatas. Leovac esteve muito coeso a defender, somando 14 acções defensivas, entre elas quatro desarmes e cinco intercepções.
  • João Félix 5.3 – O jogo prometeu uma boa exibição do jovem logo no arranque. Foi ele o criador da única ocasião flagrante do jogo para o Benfica, desperdiçada por Grimaldo. Mas foi sol de pouca dura. Ferozmente marcado por Ivan Sunjic, Félix errou mais passes (15) do que acertou (13), não rematou, só completou uma de quatro tentativas de drible e perdeu 20 vezes a posse de bola, nas 42 que a teve.
  • Gabriel 5.2 – O brasileiro foi a principal fonte de energia do Benfica, sendo o mais em jogo, com 102 acções com bola, embora também ele mostrasse algum desgaste mais para o final do jogo. Um remate e um passe para finalização foram os únicos registos ofensivos, mas Gabriel esteve bem a defender, com cinco duelos aéreos defensivos ganhos em sete, 11 recuperações de posse e cinco acções defensivas.

Resumo

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