As conclusões do Inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna ao acidente que envolveu uma brigada helitransportada do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, durante o incêndio de Mourão, em Agosto de 2018, apontam responsabilidades ao piloto do helicóptero.
O acidente provocou ferimentos em cinco militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), três dos quais em estado grave.
De acordo com o inquérito, cujas conclusões são divulgadas pela TSF, o piloto teve responsabilidades por não ter alertado os elementos do GIPS para o perigo, nomeadamente para a alteração do vento e do sentido do fogo. O piloto estava ao serviço da empresa Heliportugal, contratada pelo Estado.
O inquérito nota que “o comandante do helicóptero era o responsável máximo pelo local de embarque e desembarque dos militares, mas que nada fez para que a equipa embarcasse na aeronave em condições de segurança quando a situação no terreno se alterou”, como cita a TSF.
O processo seguirá agora para o Ministério Público que vai averiguar se há eventuais responsabilidades criminais.
As conclusões do inquérito também recomendam à GNR que proceda à reformulação das equipas do GIPS de modo a garantir que os seus elementos sejam acompanhados por pilotos mais experientes.