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Monges querem produzir cerveja de forma sustentável

A abadia de Koningshoeven  é um dos únicos 12 locais no mundo onde se fabrica cerveja trapista. No entanto, o sucesso que teve levou a que os monges repensassem a forma como têm usado água nos últimos 130 anos.

O mosteiro, localizado na fronteira entre a Holanda e a Bélgica, tornou-se a primeira cervejaria da Europa a construir um sistema de filtração de água à base de plantas que reduz o desperdício de água.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, desta forma, a abadia irá poupar o desperdício de sete litros de água por cada litro de cerveja produzido.

Numa estufa, os monges colocaram 70 espécies de plantas que, por processos naturais, filtram, através das raízes, a água.

“Nós estamos a rezar sete vezes por dia ao senhor pela sua criação, mas não estávamos a trabalhar da maneira correta para ajudar a parar a poluição”, confessou o padre Isaac ao jornal britânico. “Decidimos transformar a nossa fé em sustentabilidade.”

O mosteiro espera conseguir purificar cerca de 450 mil litros a cada sete horas, a partir do momento em que as plantas estiverem prontas e em funcionamento.

A abadia Koningshoeven, que é um dos 12 únicos locais a produzir este tipo de cerveja, produz 10 milhões de litros de cerveja trapista por ano. As outras onze estão espalhadas pela Bélgica, Países Baixos, Áustria, EUA, França e Itália.

Mas estes monges não se preocupam apenas com o gasto de água, mas sim também com as energias renováveis: 43% da energia da abadia é produzida através de painéis solares. Os monges conduzem também carros elétricos quando precisam de sair do mosteiro.

A abadia planeia reduzir ainda mais a pegada ecológica dos monges. “Queremos purificar as águas residuais humanas para transformá-las em água potável”, disse o padre Isaac. “Sinto uma grande responsabilidade pela próxima geração e precisamos de garantir que vão herdar um mundo mais limpo”.

ZAP //

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