Marcel Guillot, de 93 anos, reconhecido como o preso mais velho de França, foi hoje condenado a uma pena de 10 anos de prisão pelo homicídio de uma mulher de 82 anos em 2011.
Apelidado de “avô Marcel”, o réu Marcel Guillot foi considerado culpado de “golpes mortais contra uma pessoa vulnerável com premeditação” por um tribunal em Reims, na região nordeste de França.
O corpo da octogenária Nicole El Dib foi encontrado no dia 07 de dezembro de 2011 num ribeiro que atravessava uma propriedade que detinha perto da aldeia de Saint-Gilles. O cadáver tinha sinais de violência e de estrangulamento.
No mesmo local foi encontrado um relógio com vestígios de sangue. Os testes de ADN concluíram que Marcel Guillot tinha sido o presumível autor do crime.
O homem acabou por confessar que se sentia humilhado por Nicole El Dib, por quem se sentia atraído, e resolveu ir à casa da vítima para a castigar.
Durante o julgamento, Marcel Guillot, que tem problemas de audição, negou repetidamente as acusações, garantindo que nunca bateu na vítima. O acusado afirmou que a mulher terá tentado suicidar-se ao escorregar num tapete e batido com a cabeça num guarda-roupa.
“Queria saber porque se recusava em estar comigo (…) Não entendo, estávamos sempre bem quando estávamos juntos. Não lhe bati, ela era a minha namorada”, disse Guillot, diante do tribunal.
O Ministério Público tinha pedido 18 anos de prisão para o arguido, que incorria numa pena perpétua.
/Lusa