O presidente do Conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, admitiu esta sexta-feira a possibilidade de a empresa aumentar os canais temáticos, tendo, por exemplo, um canal infantil.
Alberto da Ponte falava aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação de resultados anuais da empresa.
“Temos até uma intenção de aumentar mais canais temáticos, um canal infantil por exemplo”, disse o gestor, acrescentando que “essas obrigações a serem efetivadas, e quando forem, podem levar a uma revisão da maneira como” a RTP terá de “financiar o serviço público”, disse.
“Por agora, com as obrigações que temos, se conseguirmos de facto cumprir o plano de redução de gastos, o financiamento [através da taxa de contribuição audiovisual] será suficiente”, mas “se não conseguirmos temos um problema”, acrescentou Alberto da Ponte.
TDT
Quanto ao grupo de trabalho sobre a Televisão Digital Terrestre (TDT), que junta a RTP, SIC e TVI, Alberto da Ponte disse que a última reunião conjunta está agendada para a próxima segunda-feira.
“Vamos ter uma última reunião na segunda-feira com os três canais e depois disso faremos a entrega ao senhor ministro duma matéria na qual há consenso entre os três”, disse, escusando-se a adiantar pormenores.
O gestor adiantou que “é possível relançar o canal de informação” da RTP, que é pago, e que a direção de informação da RTP está a trabalhar nessa matéria.
Sobre a externalização, a RTP está a analisar a área da manutenção, enquanto que sobre a produção o gestor explicou que o assunto não está fechado e dependerá do contrato de concessão que está para ser assinado.
Aposta na RTP2
Este ano, a RTP vai investir na grelha da RTP2, que foi alvo de um desinvestimento no ano passado já que a empresa, na altura da preparação do orçamento, estava a trabalhar sob o cenário da privatização.
“O serviço público tem de cumprir as suas obrigações dentro dos seus princípios, mas é sobretudo para melhorar a qualidade”, disse, acrescentando que a RTP2 “não teve em 2013 a programação que merecia por uma questão de custos”.
“Nenhum serviço público europeu vai poder continuar a viver como vivia no passado, a RTP tem de ser uma empresa enxuta, tem de ser uma empresa eficiente e eficaz”, concluiu.
/Lusa