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Espanha anuncia aumento do salário mínimo para 900 euros

Mariscal / EPA

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou a subida de 22% no salário mínimo – de 735,90 para 900 euros.

Num discurso no parlamento espanhol, Pedro Sánchez sublinhou que a subida será de 22%, a maior desde 1977, e justificou a medida com uma “explicação clara: um país rico não pode ter trabalhadores pobres“.

O Conselho de Ministros espanhol vai aprovar esta medida numa reunião em Barcelona a 21 de dezembro, de acordo com o Jornal de Notícias. A subida do salário mínimo obrigatório é fixada habitualmente num dos últimos conselhos de ministros de cada ano, depois de consultados os parceiros sociais.

O aumento dos atuais 735,9 euros para 900 euros faz parte de um acordo que o Governo socialista espanhol assinou no início de outubro com o Podemos (extrema-esquerda) sobre o projeto de Orçamento para 2019.

Madrid avança com a medida através da aprovação de um decreto-lei e sem esperar pela discussão do projeto de lei do Orçamento para 2019, previsto para janeiro, e onde há dúvidas sobre se conseguirá ter a maioria necessária para que a medida entre em vigor.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro em 2 de junho de 2018, depois de o PSOE – com apenas 84 deputados num total de 350 – ter conseguido aprovar no parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o executivo do Partido Popular com o apoio do Unidos Podemos e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

Os partidos independentistas catalães anunciaram que não irão apoiar as contas do Estado para 2019 e se mantiverem essa decisão retiram aos socialistas a possibilidade de reunir a maioria absoluta necessária à sua aprovação.

ZAP //

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