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Cientistas explicam por que se extinguiram as civilizações antigas

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(CC0/PD) Wolk9 / Pixabay

Estátuas Moai, na ilha de Páscoa, no Chile

Cientistas da Universidade Wyoming, nos Estados Unidos, revelaram que o desaparecimento das civilizações antigas que existiram nos últimos 10 mil anos foi provocado pela globalização – o mistério pode estar (finalmente) desvendado.

De acordo com o novo estudo, publicado esta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, estas populações antigas desapareceram devido a processos de globalização, isto é, a ruína de uma civilização causava o colapso de uma outra, num processo em cadeia.

Para a investigação, os especialistas estudaram documentos históricos dos últimos 130 anos, bem como os resultados de testes de radio-carbono de vários fósseis com idades até 10 mil anos, encontrados em diferentes partes do nosso planeta.

Com base nos resultados, os cientistas conseguiram estimar o consumo de energia das várias sociedades humanas antigas, bem como o seu grau de sincronização.

Segundo o estudo, o consumo energético destas sociedades era praticamente igual. Ou seja, o processo de globalização entre os povos pode ter contribuído para o colapso simultâneo de várias civilizações devido à vulnerabilidade face às alterações ambientais causadas pelo desenvolvimento socioeconómico.

“Quanto mais estreitamente conectados e interdependentes nos tornarmos, mais vulneráveis ficamos perante uma grande crise social ou ecológica noutro país, que se estende ao nosso”, disse o investigador Erick Robinson, citado pelo EurekAlert.

“Quanto mais sincronizados estamos, mais facilmente colocamos os nossos ovos numa mesma cesta e menos nos adaptamos a mudanças imprevistas“, sustentou.

Jacopo Baggio, outro cientista que participou na investigação, apontou que a ascensão e queda das sociedades parece ser uma parte inerente de uma civilização e, por isso, estes são fatores que devem ser tidos em conta hoje em dia nas sociedades modernas.

“A nossa informação é de há pelo menos 400 anos, quando se deu uma grande mudança das economias orgânicas para as economias de combustível fóssil, mas as tendências de sincronização mantêm-se até aos dias de hoje, ainda mais tendo em conta as interdependências das nossas sociedades”, sustentou.

“A crise financeira de 2007 e 2008 é um bom exemplo”, rematou Robinson.

ZAP // SputinkNews / RT

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