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Estamos a viver um momento de crise oceânica global, alerta investigador

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Mais de 90% do calor resultante do aumento de gases do efeito de estufa foi armazenado nos oceanos, segundo as conclusões que serão debatidas numa cimeira sobre as alterações climáticas em de Katowice, na Polónia.

Carlos García Soto, investigador do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO) que participou na reunião da ONU para o Relatório Mundial sobre o Estado do Meio Ambiente Marinho realizada em Nova York, nos dias 23 e 24 de agosto, confirmou que os oceanos são a casa de mais de 90% do calor gerado pelos gases com efeito de estufa.

Entre as consequências já conhecidas, estão os efeitos na distribuição e sobrevivência da biota – nomeadamente os corais – a elevação do nível médio da água do mar com efeito nas populações e o desaparecimento progressivo do gelo do Ártico.

Além disso, esta percentagem elevada de calor afeta a salinidade, resultando numa maior estratificação da coluna de água, e, associada a esta última, a desoxigenação de grandes zonas profundas, assim como uma maior acidez provocada pelo dióxido de carbono (CO2).

Soto sublinha que estamos atualmente a viver um momento “de crise oceânica global em múltiplas frentes cuja solução requer o esforço de todos”.

Por este motivo, segundo o investigador do IEO, foi designada na reunião da ONU uma comissão de especialistas para a elaboração do novo relatório periódico do estado do meio ambiente dos oceanos, que deverá estar pronto em julho de 2019.

O relatório periódico representa o mecanismo global da ONU para a vigilância do estado dos oceanos, “incluindo aspetos socioeconómicos de uma maneira sistemática”, refere Soto.

“Os oceanos não são uma fonte inesgotável de recursos e serviços, e também não têm uma capacidade de carga ilimitada”, explicou o cientista.

Uma gestão sustentada é a chave para a atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentado número 14 da ONU, que aborda a conservação e o uso sustentável dos oceanos.

ZAP // EFE

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1 Comment

  1. Aquilo que irá acontecer será um arrefecimento global e não aquecimento global, iremos ter uma mini-idade do gelo, por aqui se pode ver as certezas que a ciência tem…

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