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Dois turistas invadiram um submarino da Marinha em Almada

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Um holandês e um belga conseguiram entrar no antigo submarino da Marinha Portuguesa “Delfim”, que se encontra atracado em Almada, passando a noite no seu interior sem serem detectados pelas autoridades.

A façanha dos dois turistas, que estão habituados a passarem noites em locais abandonados por essa Europa fora, só foi descoberta porque os envolvidos a divulgaram, publicando no Youtube um vídeo onde mostram como conseguiram e o que encontraram a bordo do “Delfim”, que se encontra atracado nas antigas instalações da Lisnave, na Margueira, em Almada.

No interior da embarcação, os dois turistas descobriram jogos de cartas, de xadrez e até um Mastermind intacto, além de mapas eléctricos, de diários de bordo, de máquinas, televisores e radares.

A invasão ocorreu no início de Abril, mas só na passada terça-feira, 29 de Maio, é que os dois homens divulgaram o vídeo.

Depois de uma primeira tentativa gorada, os dois turistas conseguiram entrar no submarino, apesar de na altura, ter passado por perto um navio da Marinha. Apagaram as lanternas para não serem avistados, e conseguiram passar a noite nos beliches da sala de torpedos.

Passaram 12 horas no interior do submarino sem serem detectados.

O Jornal de Notícias refere que o espaço onde se encontra o submarino pertence à Câmara Municipal de Almada e logo, pode considerar-se que está em causa um crime de intrusão.

O “Delfim” é um dos quatro submarinos da classe Albacora que entrou ao serviço da Marinha em 1969, participando em exercícios da NATO, designadamente durante a Guerra Fria (1989), destaca o JN.

Foi desactivado em 2000 e desarmado em 2006, tendo sido dado como abatido pela Marinha em 2010, frisa o JN.

Esteve para ser entregue à Câmara Municipal de Viana do Castelo, para ser transformado num espaço para ser visitado por turistas. Mas a crise não permitiu que isso acontecesse, permanecendo abandonado na Lisnave.

ZAP //

10 Comments

  1. E não terem levado o submarino é uma sorte… pelo menos para nós. Assim não temos de ouvir o ministro da defesa a dizer que no limite… nem havia submarino. E vivam as Forças Armadas Portuguesas!

    • O que é que as Forças Armadas, neste caso a Marinha, tem que ver com uma unidade abatida e a cargo da
      Câmara de Almada?
      Francamente!

    • Não percebo o que é que as Forças Armadas, neste caso a Marinha, tem que ver com uma unidade abatida e entregue à Câmara de Almada.
      Os submarinos são, idiscutivelmente, uma fonte inspiradora de parvoíces no nosso país…

    • Cambada de amadores do Estado.Só sabem aparecer nos telejornais pelas piores razões.Punem qualquer um que lhes apareça à frente,mas eles são uma cambada de ignorantes que não governam direito ,só se governam a eles.
      Só direitos e nenhum dever para com os cidadãos que lhes paga os ordenados.

  2. Se há culpas… estas não são de certeza dos turistas… sem saberem adivinharam o destino que já tinha sido dado ao submarino… Mas que alguém devia ser chamado à responsabilidade devia…

    • Os turistas não estão isentos de culpas e deviam ter opção de escolha no castigo: «prisa» ou lavar o convês duma fragata das mais compridas…

      • ou mandarem-te uma marretada nessa cabeça por seres um totó! Então eles lá têm culpas que nós sejamos uns burros do carvalho? Se tivessem ido a Tancos tinham levado 3 ou 4 caixas de explosivos para brincar ao fogo de artifício lá nas suas terras.

  3. Aliás… Obrigado turistas… assim ficámos a conhecer o submarino no seu interior, caso contrário só turistas é que o poderiam fazer num futuro incerto…

  4. Bem, podemos aproveitar esta situação e ver isto na vertente de negócio. Se está inactivo, podia converter-se num museu ou hotel temático (tipo, seja marinheiro por um dia ou algo assim)… porque não? Em vez de ser afundado ou ir para um sucateiro por «tuta e meia», certo? O país precisa é de facturar e receber!

  5. “…entrou ao serviço da Marinha em 1969, participando em exercícios da NATO…”, ou seja, não teve utilidade nenhuma de defesa bélica, além de ser um sorvedouro de dinheiros públicos estes anos todos.

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