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Descoberto esqueleto de homem que morreu esmagado a tentar fugir de Pompeia

Ciro Fusco / EPA

O esqueleto do homem que foi esmagado por uma pedra quando tentava fugir da erupção que destruiu Pompeia, em Itália

Arqueólogos italianos descobriram os restos mortais de um homem que foi esmagado por uma pedra quando tentava escapar à erupção do Vesúvio que destruiu a cidade de Pompeia.

Pompeia não se cansa de nos revelar mais pedaços da sua história, ainda que estes sejam por vezes bastante sombrios. É o caso do esqueleto de um homem que conseguiu escapar à primeira erupção do Vesúvio mas que, logo a seguir, foi esmagado por um bloco de pedra arremessado por uma nuvem vulcânica explosiva.

Ao realizar novas escavações no local, arqueólogos italianos encontraram os restos mortais da vítima, quase dois mil anos depois da sua morte na antiga cidade romana, em 79 d.C. O esqueleto foi encontrado preso sob a pedra e os cientistas afirmam que o impacto provavelmente esmagou a parte superior do corpo.

A equipa de investigadores ainda não examinou a parte do esqueleto que permanece enterrada na rocha, mas detalhou que o homem possuía lesões na tíbia, provavelmente sinal de uma infeção óssea, e que isso, por sua vez, poderia ter dificultado a fuga.

Apesar disso, a vítima, com pelo menos 30 anos, sobreviveu à primeira fase da erupção, tendo conseguido escapar com sucesso por um beco. Nesse local, no entanto, foi atingido pelo maciço bloco de pedra – algo que terá caído de um edifício – que terá sido arremessado contra ele pela força do fluxo piroclástico do Vesúvio.

Os fluxos piroclásticos são o resultado devastador de algumas erupções vulcânicas, sendo uma mistura ardente de gás, fragmentos de lava e outros detritos arremessados por um vulcão que podem atingir uma velocidade de até 160 quilómetros por hora.

De acordo com Massimo Osanna, diretor-geral do Parque Arqueológico de Pompeia, esta descoberta mostra os avanços feitos na área. Atualmente, a equipa que trabalha no local não é formada apenas por arqueólogos, mas também por especialistas de diversos campos, nomeadamente engenheiros e restauradores. Além disso, também têm agora à sua disposição o uso de ferramentas técnicas como, por exemplo, drones e scanners 3D.

“Agora temos a possibilidade de reconstruir este espaço como nunca foi feito. É a primeira vez que uma escavação acontece com todas estas ferramentas. Nos anos 1800 e 1900, os investigadores cavaram a região onde encontrámos o esqueleto, mas não foram tão a fundo como nós. Por causa dos especialistas que temos, sabíamos como fazê-lo“, afirma.

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