Cerca de 4 mil notas danificadas nos incêndios de 2017 foram recuperadas pelo Banco de Portugal e devolvidas à população. Valeram 115 mil euros.
“O Banco de Portugal valorizou cerca de 4.000 notas (11% do total anual) provenientes dos incêndios de 2017, devolvendo à população cerca de 115 mil euros (8% do total anual)”, revelou nos dados enviados à Lusa, na sequência do relatório sobre saneamento numerário divulgado na passada sexta-feira.
A instituição adianta também que, em 2017, foram retirados 647 milhões de notas, no âmbito da função de saneamento de numerário, no valor total de 13.316 milhões de euros.
“Do total de 647 milhões de euros de notas processadas retiradas em 2017, cerca de 1,2 milhões eram notas de 500, no valor total de 597 milhões de euros”, notou o BdP.
No período em causa, chegaram ainda à instituição financeira 211.209 notas tintadas de diferentes denominações.
No âmbito da função de saneamento de numerário, o Banco de Portugal verificou a genuinidade e a qualidade de 647 milhões de notas recebidas do público e das instituições de crédito, das quais 141 milhões foram consideradas incapazes.
Embora a maioria das notas seja processada com recurso a máquinas de alta velocidade, as notas que chegam ao Banco extremamente degradadas e fragmentadas são sujeitas a um complexo processo manual de análise e valorização.
Em resultado dos incêndios que atingiram o país em 2017, o Banco de Portugal recebeu um volume muito maior de notas danificadas. O trabalho de análise das notas danificadas, minucioso e exigente, impactou, positivamente, as famílias e empresas afetadas pelos incêndios que conseguiram recuperar parte dos valores entregues.
O Banco valorizou 35.600 notas de euro e 2.433 notas de escudo em 2017, o que se traduz num aumento de cerca de 64% relativamente a 2016, ano em que foram valorizadas 23.150 notas (21.145 notas de euro e 2.005 notas de escudo).
Foram ainda retiradas de circulação 16.908 notas contrafeitas (correspondendo a 2,4% do total de notas apreendido na área do euro), maioritariamente de 20 e de 50 euros.
// Lusa