Dezoito crianças morreram em dois meses por desnutrição, num hospital da cidade Maturín, na Venezuela, revelou fonte oficial da instituição.
Em dois meses, dezoito crianças morreram por desnutrição num hospital da cidade venezuelana de Maturín, a sudeste de Caracas, revelou fonte oficial da instituição esta quinta-feira.
“No primeiro mês deste ano, 25 crianças deram entrada no hospital apresentando quadros clínicos de desnutrição crónica e em fevereiro registaram-se mais quatro ingressos. Desses 29 casos, apenas 11 sobreviveram“, afirmou a chefe de pediatria do Hospital Universitário Dr. Manuel Núñez Tovar.
Segundo Yacirka Vásques, as vítimas vão de lactantes até crianças com menos de quatro anos de idade. Em declarações à rádio católica Fé e Alegria, explicou que perante a falta de recursos económicos para comprar leite, as mães dão água de arroz, massa ou aveia a crianças com menos de um ano, facto que tem originado doenças intestinais.
Além disso, foram também registados quatro casos de meningite, mas as vacinas para tratar essa doença estão esgotadas desde o começo do ano.
A crise política e económica arrasta-se no país há anos e são cada vez mais frequentes as queixas da população relacionadas com a escassez de produtos básicos alimentares e de medicamentos.
Quando, porventura, os medicamentos surgem no mercado local, têm preços inacessíveis, tendo em conta os baixos salários e a inflação de mais de 2.000% em 2017, segundo dados oficiais. A população queixa-se ainda de carências nos hospitais.
De acordo com um Estudo sobre Condições de Vida, realizado pelas principais universidades do país e divulgado na passada quarta-feira, mais de metade dos venezuelanos vivem em pobreza extrema e afirmam que perderam mais de 10 quilos de peso em 2017.
Por sua vez, segundo dados das Nações Unidas, cerca de 133 mil venezuelanos procuraram refúgio em outros países, entre 2014 e 2017, e 363 mil que foram acolhidos em outras “alternativas legais”, que são disponibilizadas, essencialmente, por países latino-americanos.
// Lusa
Mas o Maduro continua sorridente e confiante no seu socialismo!.
Agora vai reforçar a defesa aérea das suas principais cidades, que como se sabe é o grande e único problema que a venezuela tem. Prioridades…