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Estoril vs Sporting | Canarinhos vergam o leão

O Estoril Praia impôs a primeira derrota ao Sporting na presente Liga NOS. Os “canarinhos” venceram por 2-0 e, não fosse o acerto de Rui Patrício perto do fim, o resultado poderia ter assumido outras proporções.

Os tentos foram todos marcados na primeira parte, por Chambos Kyriakou e Ewandro, e, apesar do domínio leonino, expresso nos números finais da partida, a verdade é que os homens da Linha foram muito competentes no ataque e justificaram, assim o triunfo.

Com este resultado, os “leões” caíram para o terceiro lugar, com os mesmos 50 pontos que o segundo, que é agora o Benfica, e a dois do FC Porto.

O Jogo explicado em Números

  • Arranque de jogo algo atípico, com seis pontapés de canto para o Estoril nos primeiros seis minutos, mais um para o Sporting. Estorilistas que, nos primeiros dez minutos, mostraram tranquilidade e certeza no passe, com 85% de eficácia nas entregas (“leões” 87%) e 51% de posse de bola.
  • Muita luta pela bola, com 25 duelos por volta dos 25 minutos e ligeira vantagem (54%) nesta vertente para os homens da casa. Porém, nesta altura já a formação leonina dominava as operações no ataque, com cinco remates, três deles enquadrados, contra apenas dois (sem a melhor direcção) dos “canarinhos”.
  • O Estoril nunca descurou o ataque, e acabou mesmo por chegar à vantagem, aos 27 minutos. Na sequência do oitavo pontapé de canto, a bola sobrou para Chambos Kyriakou ao segundo poste e este emendou com êxito. Este foi apenas o terceiro remate dos estorilistas, que registavam 55% de posse.
  • E o 2-0 surgiu logo a seguir. À passagem da meia-hora, Ewandro isolou-se e bateu Rui Patrício à segunda. O árbitro anulou o tento por fora-de-jogo, mas validou-o logo a seguir com recurso ao vídeo-árbitro. Vida muito difícil para os “leões”.
  • Por volta dos 35 minutos, a estatística da partida sustentava a vantagem estorilista: 52% de posse, cinco remates, três deles enquadrados (os mesmos do Sporting), 80% de eficácia de passe, oito cantos contra quatro e as únicas três ocasiões flagrantes do jogo.
  • Aos 44 minutos, Bruno César, só com o guarda-redes pela frente, falhou a emenda em plena pequena área. Uma ocasião flagrante desperdiçada num momento importante do jogo.
  • Surpresa na primeira parte do jogo na Amoreira, mas só para quem não viu a partida. A vantagem do Estoril Praia sustentou-se numa prestação personalizada da formação “canarinha”, com segurança no passe (76% de eficácia), boa posse de bola (50%) e eficácia no ataque (cinco remates, três enquadrados, dois golos).
  • Os “leões” usufruíram de algumas boas ocasiões, uma delas flagrante, mas falharam clamorosamente na finalização.
  • Nesta fase o melhor em campo era Kyriakou, autor do primeiro golo da partida. O lateral-direito cipriota registava um GoalPoint Rating de 6.8, fruto também de um passe para finalização, 100% de passes certos (apenas sete, é certo) e cinco acções defensivas.
  • O Sporting via-se obrigado a entrar com tudo no segundo tempo e foi isso que fez. À passagem da hora de jogo, os “leões” registavam 57% de posse de bola referente à segunda metade apenas, para além de quatro remates (um enquadrado), contra nenhum do Estoril. E já havia desperdiçado uma ocasião flagrante, por Fredy Montero, que entrara para o lugar de Battaglia.
  • Aos 69 minutos, uma fantástica jogada colectiva do Estoril deu golo a André Claro, anulado pelo vídeo-árbitro. Mais um aviso dos homens da casa.
  • Pressão grande dos homens de Alvalade, com 57% de posse de bola na segunda parte, aos 75 minutos, mas pouca clarividência. À posse, os “leões” juntavam, nesta fase, cinco disparos e nove pontapés de canto desde o intervalo, mas apenas por uma vez o guarda-redes Renan Ribeiro foi obrigado a defesa. Sentia-se a falta de Bas Dost na área – Doumbia e Montero somavam, em conjunto, três remates e Bruno Fernandes nenhum.
  • Aos 83 foi a vez de Bruno Gomes, isolado, permitir a defesa de Rui Patrício, naquela que foi a quarta ocasião flagrante para o Estoril, e o mesmo voltou a acontecer já em período de descontos. E no último suspiro, Montero marcou, mas mais uma vez o VAR anulou, por fora-de-jogo.

O Homem do Jogo

O jogo na Amoreira começou a ser decidido com o golo de Chambos Kyriakou, aos 27 minutos, e o internacional cipriota acabaria por realizar uma grande partida, que o destaca como melhor em campo, com GoalPoint Rating de 7.3.

Kyriakou marcou uma vez em dois remates (um enquadrado), fez um passe para finalização, recuperou a posse por sete vezes e terminou a partida com 16 acções defensivas, sendo nove delas alívios, e cinco intercepções.

Jogadores em foco

  • Renan Ribeiro 7.0 – Grande exibição do brasileiro da baliza do Estoril, em especial na primeira parte, quando realizou cinco defesas, algumas delas de grande nível de dificuldade. Terminou a partida com seis, quatro delas a remates de fora da área.
  • Ailton 6.6 – O lateral-esquerdo brasileiro regressou em Janeiro ao Estoril, emprestado pelo Estugarda. E em boa hora para a equipa da Linha, pois foi o terceiro melhor em campo frente ao Sporting. Para além de uma ocasião flagrante criada, ganhou 11 de 20 duelos e registou 16 acções defensivas, seis delas desarmes.
  • Bruno César 6.5 – O “chuta-chuta” foi o melhor do Sporting na Amoreira. O brasileiro enquadrou os três remates que realizou, fez dois passes para finalização e terminou com uma eficácia de passe de 86%. Isto tudo em apenas 55 minutos.
  • Rui Patrício 6.1 – O guardião leonino teve uma noite ingrata. Sofreu dois golos na primeira parte e, perto do final do encontro, teve duas excelentes intervenções que impediram números mais gordos para o Estoril. Terminou a partida com cinco defesas, três delas a remates dentro da sua área, e uma saída eficaz pelo solo.
  • Sebastián Coates 3.9 – O pior deste jogo. O defesa-central teve uma exibição para esquecer, pois somou somente seis acções defensivas, registou apenas 73% de eficácia de passe (algo modesto para um central) e, apesar dos três remates, não enquadrou nenhum e ainda desperdiçou uma ocasião flagrante.

Resumo

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