Sporting aproximou-se do líder do campeonato, FC Porto, ao bater o Paços de Ferreira, por 2-1, no Estádio Capital do Móvel.
A equipa “leonina” reagiu aos melhores momentos da formação da casa, que desde cedo partiu à procura dos três pontos, com dois golos, de Battaglia e Gelson Martins, acabando por sofrer um golo já perto do fim, numa partida que ficou marcada pelo regresso de Bryan Ruiz, seis meses depois da última aparição de “leão” ao peito.
O Jogo explicado em Números
- Bom início de partida por parte dos visitantes, que entraram em campo afoitos e fizeram quatro remates só nos primeiros 15 minutos, contra um do Sporting. Ainda assim, os “leões” dominavam em diversas outras vertentes, como posse de bola (76%-24%) e eficácia na distribuição (83%-68%).
- Depois desse período de algum sufoco, o “leão” “afiou as garras” e esteve às portas do golo, com Bas Dost, depois de uma enorme falha da defesa pacense, obrigou Mário Felgueiras a defesa apertada. O golo da equipa sportinguista acabaria por surgir aos 20 minutos, por Battaglia, num lance confuso e que envolveu uma série de desvios e que, pelo meio, até teve uma defesa do guarda-redes pacense, que não conseguiu impedir a bola de chegar perto da cabeça do médio argentino, para a recarga.
- À entrada para a meia-hora de jogo, o Paços continuava a demonstrar grandes dificuldades para sair com bola. O “castor” com mais passes era o médio Pedrinho, com 13, tantos quanto… Rui Patrício. Aliás, na equipa do Sporting havia apenas um jogador com um número de passes inferior a esse: Bas Dost, com seis entregas, todas elas eficazes.
- Um jogador que dava muito que fazer à defesa leonina era o extremo australiano Awer Mabil, autor de três disparos (um deles enquadrado), dois passes para ocasião e um cruzamento eficaz nos primeiros 40 minutos do desafio.
- Vantagem perfeitamente justificada ao intervalo por parte do Sporting, que, à excepção do período inicial de algum sufoco, esteve sempre “em cima” do adversário. Embora tenham feito menos um remate do que o adversário, os “leões” revelaram maior pontaria, marcando um golo e obrigando o guarda-redes Mário Felgueiras a efectuar duas defesas.
- O melhor em campo ao intervalo era Battaglia, que, apesar de ter falhado uma ocasião flagrante, liderava osGoalPoint Ratings com 6.5 , graças em grande parte ao golo apontado, a que somava dois dribles eficazes, apenas um passe falhado em 26 tentativas e ainda cinco duelos ganhos.
- O Paços entrou com mais vontade na segunda parte e completou os primeiros 20 minutos com 42% de posse – bem mais do que os 31% com que havia chegado ao intervalo – e já com dois remates à baliza defendida por Rui Patrício. Ainda assim, a maior situação de perigo pertencera ao Sporting, numa “bomba” de Bruno Fernandes que embateu no poste direito dos “castores”.
- Mabil esteve muito perto de fazer o 1-1 aos 71 minutos mas viu a barra negar-lhe o golo de cabeça – ele que já levava quatro remates, mais do que qualquer jogador do Sporting. Crescia a tensão nas hostes “leoninas”, mas foi então que surgiu o golo da tranquilidade. Fábio Coentrão, depois de uma boa combinação com Bruno César na esquerda, deixou rasteiro para Gelson Martins, que deu um ligeiro toque na boa e rodou o corpo antes de rematar para o fundo da baliza, apontando o seu primeiro golo no campeonato desde 27 de Agosto.
- Absolutamente imperial na defesa sportinguista, Mathieu somava oito alívios em 80 minutos, algo impressionante se se tiver em conta que nenhum outro jogador da equipa verde-e-branca somava mais do que dois. O central francês era ainda líder em bloqueios de remate, com dois, e contabilizava um desarme e uma intercepção.
- Ainda antes do apito final houve tempo para o golo de honra do Paços, de autoria de Marco Baixinho, que surgiu no meio da área depois de uma grande defesa de Rui Patrício e rematou para o fundo da baliza no primeiro – e único – disparo que realizou na partida.
O Homem do Jogo
Noite grande para Battaglia, que rubricou uma exibição muito completa. O médio argentino abriu caminho para a vitória do Sporting com um golo aos 20 minutos, numa altura algo complicada para a sua equipa, e esteve sempre bem até sair de campo, aos 70 minutos.
Battaglia conseguiu ainda quatro dribles eficazes em outras tantas tentativas, venceu nove duelos em 13 disputados e errou apenas dois dos 41 passes que fez. Apesar de ter falhado uma ocasião flagrante, o ex-SC Braga conseguiu a nota mais alta da noite nos GoalPoint Ratings – 6.7.
Jogadores em foco
- Gelson Martins 6.3 – Apontou o golo que confirmou a vitória dos “leões”, num dos dois remates que fez – o outro uma ocasião flagrante desperdiçada. Foi feliz em seis dos sete dribles que executou, disputou 19 duelos, vencendo oito, e recuperou a bola em 11 ocasiões.
- Fábio Coentrão 6.1 – Nova exibição de bom nível do lateral-esquerdo, que fez uma assistência num dos três passes para finalização de que foi autor. Somou nove cruzamentos, três deles eficazes, 99 toques, oito duelos ganhos e outros tantos passes longos eficazes, e seis acções defensivas.
- Mabil 5.7 – Rematou quatro vezes, uma delas à barra, desperdiçando uma ocasião flagrante de golo. Somou seis passes para finalização, cinco deles de bola corrida, e colocou sete vezes a bola na área contrária. Pela negativa, foi desarmado três vezes e apanhado em fora-de-jogo em duas ocasiões.
- Dost 4.7 – Noite apagada do holandês, que desperdiçou uma ocasião flagrante. Disputou cinco duelos, vencendo-os todos, e completou 13 dos 17 passes que executou.
- Bryan Ruiz 4.6 – No regresso à competição, o costa-riquenho teve a pior nota do jogo. Em 20 minutos, não rematou, falhou três passes, um deles no próprio meio-campo, perdeu a posse quatro vezes e foi desarmado uma vez.
Resumo
// GoalPoint