O jornalista e radialista Pedro Rolo Duarte morreu, esta sexta-feira, em Lisboa, aos 53 anos, vítima de cancro.
Pedro Rolo Duarte estava internado desde terça-feira na unidade de cuidados paliativos do Hospital da Luz, em Lisboa, confirmou à Lusa uma amiga do jornalista.
Antes disso, o jornalista já tinha estado internado no hospital Beatriz Ângelo, em Loures. O Diário de Notícias conta que Pedro Rolo Duarte já estava doente há algum tempo com cancro. Primeiro um cancro no pulmão, que combateu com tratamentos e cirurgia. Depois, um cancro no estômago, ao qual não resistiu.
“Isso não vai acontecer, pois não? Fica-te com estas, quentes e boas, ao contrário das castanhas geladas e más que não interessam a ninguém. Considera-te surpreendido, velho amigo. Foste apanhado. Diz qualquer coisa, sacana”, escreveu Miguel Esteves Cardoso, com quem o jornalista fundou o semanário Independente e a revista K, na sua coluna diária no jornal Público.
Filho dos jornalistas António Rolo Duarte e Maria João Duarte, viria a iniciar-se na profissão com 17 anos, estreando-se no jornalismo num suplemento juvenil do Correio da Manhã.
Na rádio, iniciou o seu percurso em 1984 na equipa da Rádio Renascença, com a “Sessão da Meia Noite”, um programa diário, em direto. Um ano depois, mudou-se para a Comercial e começou também a colaborar com o Diário de Notícias.
Pedro Rolo Duarte destacou-se na área da cultura e na edição de revistas. Foi editor do suplemento DNA, publicado no Diário de Notícias entre Novembro de 1996 e Janeiro de 2006, especialmente dedicado à cultura. Foi ainda subdiretor do mesmo jornal entre 2004 e 2005. Passou ainda pela revista Visão, onde foi editor entre 1992 e 1995, e pelo jornal i.
Na Oficina do Livro editou os livros Noites em Branco (1999), Sozinho em Casa (2002), 1001 ideias para as suas mensagens escritas (2003) e FUMO – Deixar de fumar é lixado (2007).
Foi ainda autor e apresentador de vários programas de televisão, entre os quais “Em Legítima Defesa”, na TVI, “Noites Brancas e Falatório”, na RTP2 ou “Encontro Marcado”, na SIC Mulher.
Recentemente passou pela RTP3, onde integrava o programa “Central Parque”. Depois de ter realizado e apresentado durante três anos os programas “Pedro Rolo Duarte e Janela Indiscreta“, na Antena 1, fazia atualmente o programa “Hotel Babilónia”, com João Gobern, também na Antena 1.
“O Pedro Rolo Duarte era um dos melhores e, sina destes tristes dias, estamos a perder os melhores”, escreveu Nuno Santos, ex-diretor de informação da RTP, no Facebook.
ZAP // Lusa