Milhares de pessoas reuniram-se no sábado em Barcelona para exigir a libertação de oito ex-integrantes do governo regional da Catalunha que estão presos por sua participação na declaração unilateral de independência desta região autónoma da Espanha.
Entre eles está o ex-vice-presidente do governo catalão, Oriol Junqueras, e todos estão a ser investigados pelos crimes de rebelião, insurreição e desvio de recursos públicos.
A marcha, convocada pelas organizações Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Òmnium, também pede a libertação dos respectivos presidentes, que estão presos provisoriamente acusados de insurreição por promoverem ações a favor da independência.
Na linha da frente, que reúne rostos conhecidas do independentismo catalão e familiares dos dirigentes presos, há dois cartazes que diziam: “Liberdade para os presos políticos” e “Somos uma república“.
A marcha, no entanto, não contou com a presença da presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, que decidiu não participar por orientação do seu advogado, depois de ter sido libertada ontem após o pagamento de uma fiança de 150 mil euros, imposta pelo Supremo Tribunal, que também a investiga por rebelião, insurreição e desvio de recursos públicos.
A manifestação passou por lugares emblemáticos de Barcelona, como o templo da Sagrada Família, um dos símbolos da capital catalã, e os participantes gritaram palavras de ordem como “Puigdemont, o nosso presidente“, em referência ao presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, e “Liberdade para os presos políticos”.
ANC e Òmnium organizaram nos últimos anos as principais manifestações a favor da independência catalã, entre elas as que acontecem todos os anos a 11 de setembro, o dia nacional da Catalunha.
ZAP // EFE