O governo do Egipto anunciou a descoberta na cidade de Luxor, no sul do país, de um túmulo da época faraónica, no qual está sepultado um ourives da realeza que viveu há mais de 3.500 anos, durante o reinado da 18.ª dinastia.
A sepultura pertence à 18ª dinastia do Império Novo, no século XV antes de Cristo, e inclui um pátio com um nicho onde se encontra a estátua do ourives Amenemhat, da sua mulher e dos seus filhos.
O túmulo foi descoberto por arqueólogos egípcios na necrópole de Dra Abu el-Naga, situada no vale dos Reis, em Luxor, na margem ocidental do rio Nilo, num cemitério onde se encontram sepultados nobres egípcios e altos funcionários do Governo do Antigo Egipto.
Segundo o ministro das Antiguidades do país, Khaled el-Anany, o túmulo, que além das estátuas do ourives e da sua mulher continha uma máscara funerária, estátuas jóias e outros objetos, encontra-se deteriorado.
Um poço existente na tumba continha ainda dezenas de múmias de egípcios, que terão vivido durante a 21.ª e a 22.ª dinastias. “Continuamos a trabalhar para descobrir mais objectos”, disse à Reuters o ministro.
O anúncio da descoberta foi planeado para impulsionar o turismo no Egipto, que se encontra em lenta recuperação depois de a instabilidade política na região ter causado nos últimos anos preocupações com a segurança dos visitantes – que outrora procuravam avidamente uma selfie junto às pirâmides de Gizé.