Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, usou 18 telescópios robotizados por para captar um tipo diferente de explosão de uma supernova, que revelou informações surpreendentes sobre a estrela que acompanha a anã branca que explodiu.
Até agora, os cientistas acreditavam na existência de apenas dois tipos de supernovas no universo: a que ocorre no final do ciclo de vida de uma estrela, quando o seu “combustível” é esgotado no seu núcleo e se inicia o colapso; e a que ocorre quando uma anã branca começa a reunir matéria de outra estrela do mesmo tipo, ficando muito massiva e, consequentemente, explodindo.
Mas, a nova observação da supernova chamada SN 2017cbv notou um brilho azul, algo que é incomum neste tipo de fenómeno. Minutos depois, o especialista David Sand ativou 18 telescópios, que fazem parte do Observatório de Las Cumbres, para monitorizar melhor o evento.
“Com a capacidade do observatório de monitorizar a supernova a cada poucas horas, conseguimos ver a maior parte do aumento e queda do brilho azul pela primeira vez”, adiantou o principal autor do estudo publicado no Astrophysical Journal, Griffin Hosseinzadeh.
Deste modo, os especialistas entenderam que a anã branca que resultou na supernova estava, na verdade, a capturar a matéria de uma estrela que é aproximadamente 20 vezes maior do que o nosso Sol e, consequentemente, não se trata de uma outra anã branca. Ao expandir-se o suficiente para se tornar uma supernova, a anã branca em questão colidiu com a outra estrela, o que gerou o brilho azul rico em luz ultravioleta.
Esta é a primeira vez que os cientistas observam este tipo de supernova. “O universo é mais louco do que os autores de ficção científica imaginam”, brincou Andy Howell, do Observatório de Las Cumbres.
ZAP // Hypescience