Uma injeção mensal de antirretroviral pode ser suficiente para os portadores do vírus da imunodeficiência humana (VIH) manterem a infecção controlada, em vez de um comprimido por dia.
O trabalho, apresentado em Paris pelo cientista da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, Joseph Eron, sugere que os portadores em estado de supressão viral respondem bem às injeções sejam as administradas a cada quatro semanas ou tomadas a cada oito.
Atualmente, os portadores do VIH devem tomar um comprimido por dia para que o vírus seja indetectável e não seja transmitido, ainda que não seja possível eliminá-lo completamente.
“Para alguns soropositivos, um tratamento injetável de longa duração pode ser mais cómodo e menos estigmatizante do que o atual, o que pode aumentar a taxa de continuidade”, defende o especialista.
De acordo com o vice-presidente da conferência, Jean-François Delfraissy, a devida continuidade do tratamento é fundamental, já que ao ser interrompida pode provocar aumento da resistência do vírus aos medicamentos, o que é extremamente preocupante.
Segundo dados divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/SIDA (Unaids) na última semana, 19,5 milhões das 36,7 milhões de pessoas que têm o vírus do VIH no mundo têm acesso ao tratamento.
ZAP // EFE