Jovem saudita arrisca prisão por aparecer de mini-saia em vídeo

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Uma jovem na Arábia Saudita tem causado uma onda controversa no país: de um lado críticas, do outro apoio. Em questão está um vídeo no qual a jovem aparece de minissaia e top curto em público.

Enquanto que alguns utilizadores pediram a prisão da mulher por desrespeitar o código de vestuário local e a chamaram obscena, outros surgiram a apoiar a rapariga, defendendo o direito individual sobre o corpo e a sua coragem.

A jovem ainda não foi identificada, mas a imprensa local adianta que será de origem saudita.

Sites ligados ao governo saudita disseram nesta segunda-feira que as autoridades analisam a possibilidade de tomar providências contra a mulher, que saiu a público sem a tradicional e conservadora abaia – espécie de vestido que cobre todo o corpo – e sem o véu islâmico para cobrir cabeça e cabelo.

No vídeo publicado no Snapchat, pode ver-se a jovem a andar por um ponto histórico de Ushaiager, no deserto de Najd. Naquele local, residem muitas das mais conservadoras tribos do país.

A jovem recebeu o incentivo de vários internautas, que exaltaram a coragem e não consideraram o vídeo um crime que deveria acabar em prisão. Alguns apontaram que seria a beleza da jovem a chamar a atenção.

O escritor Ibrahim al-Munayif juntou-se aos utilizadores que viram o vídeo como uma infração e destacou que permitir a quebra de leis levaria o país ao caos: “Assim como nós pedimos às pessoas que respeitem as leis dos países para os quais vão viajar, as pessoas também devem respeitar as leis deste país”, escreveu aos 41 mil seguidores.

O site “Saudi Okaz” reportou que as autoridades em Ushaiager pediram ao governo e à polícia que responsabilizem a mulher pelo vídeo. Os agentes dedicados a policiar a moralidade dos cidadãos sauditas estarão em contacto com outras agências para investigar o vídeo.

Com mais de metade da população do país abaixo dos 25 anos, o herdeiro do trono, o Príncipe Mohammed bin Salman, pressiona pela abertura ao entretenimento em aceno à juventude. Nada que abale as rígidas estruturas de desigualdade de género e restrições de liberdades às mulheres. A Arábia Saudita é considera uma das mais conservadoras e restritivas áreas para a classe feminina.

ZAP //

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4 Comments

  1. Digam-me lá porque estes gajos da Barbária Saudita estão à frente do Comité da ONU para os Direitos Humanos…? Ah, pois, são amigos de Israel. E nesse caso, tudo é permitido. Como habitual…

    Desde a Ucrânia à Palestina, passando pela Síria, Líbano, Iraq… e pelo 11 de Setembro, o ataque directo às populações civis é feito com total impunidade. Desde que beijem o cu a Israel, os Neo-Nazis safam-se com qualquer coisa.

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