O Ministério da Economia do Líbano decidiu proibir a projeção do filme “Wonder Woman” porque a sua protagonista, a actriz Gal Gadot, é israelita, o que causou polémica entre os defensores e opositores do boicote a Tel Aviv.
A decisão de vetar o filme de Hollywood, baseado na popular personagem de banda desenhada Mulher Maravilha, foi enviada ao departamento de Segurança Nacional do Líbano, organismo responsável pela censura do país.
Também foi enviado um pedido ao Gabinete para o Boicote Árabe a Israel, que pertence à Liga Árabe e que transferiu temporariamente a sua sede de Damasco para o Cairo, no Egipto, para que inscreva o nome de Gal Gadot, os seus filmes e toda a sua obra na sua “lista negra”.
O Líbano aprovou uma lei para o boicote dos produtos procedentes de Israel, país com o qual nunca assinou um acordo de paz. A decisão, no entanto, causou polémica entre grupos que estão contra o boicote e outros que assinalaram que é incoerente com outras políticas do Estado.
A associação não governamental Skeyes, que defende a liberdade de informação, lembrou que recentemente as salas de cinema libanesas projetaram o filme “Batman vs Superman: Dawn of Justice”, no qual Gadot também participa, precisamente no mesmo papel de Mulher Maravilha.
Na opinião do diretor da ONG, Ayman Mhanna, deve-se antes de mais determinar se “Wonder Woman” é um filme israelita, e se Gal Gadot foi paga antes da promoção do filme – ou se vai receber uma percentagem das receitas de bilheteira.
“Se Gadot recebeu pela sua actuação antes da promoção do filme, não vai tirar partido das receitas financeiras do filme – e então a lei do boicote não deverá ser aplicada. Mas se tem direito a parte das receitas, então estamos na presença de um produto israelita”, explicou Mhanna ao jornal L’Orient-le Jour.
// EFE
Mais perdem, porque o filme é muito bom!