Central nuclear de Almaraz sofre paragem não programada

Frobles / Wikimedia

Central de energia nuclear Almaraz, Cáceres (Espanha)

Central de energia nuclear Almaraz, Cáceres (Espanha)

A central nuclear de Almaraz, em Espanha, sofreu uma paragem não programada que interrompeu a alimentação elétrica do reator, denunciaram hoje o Movimento o Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Associação Ecologistas em Ação

O controlador automático disparou e deu-se uma paragem automática no reator, adiantaram à agência Lusa os ambientalistas num comunicado divulgado hoje pela associação portuguesa Zero, que integra o MIA.

A alimentação elétrica é fundamental para manter todos os sistemas de controlo e a segurança em funcionamento, explicam as associações, adiantando que a sua interrupção leva à paragem do reator para evitar males maiores.

Segundo os ambientalistas, não é a primeira vez que esta barra de alimentação elétrica dá problemas, tendo ocorrido problemas similares em janeiro de 2016.

No passado sábado houve outro incidente no sistema elétrico de salvaguardas, na unidade II de Almaraz, que fica a cerca de cem quilómetros de Portugal.

Unidade 1 de Almaraz encontra-se em “situação estável”

A Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, já informou que a Unidade 1 encontra-se em “situação estável” e assegurou que “todos os controlos e proteções” funcionaram corretamente.

Em comunicado, a central adianta que os funcionários estão investigar a anomalia e a realizar testes e inspeções para voltar a ligar a rede elétrica da unidade.

A Central Nuclear de Almaraz, “seguindo os procedimentos estabelecidos”, notificou o Conselho de Segurança Nuclear (CSN) sobre a paragem não programada ocorrida às 09:57 de hoje [08:57 de Lisboa] na Unidade 1.

Informámos o CSN que “tinha ocorrido uma interrupção não programada na Unidade 1 devido à paragem da bomba principal número dois, como consequência da perda de potência da referida bomba”, refere o comunicado.

A situação foi denunciada pelo Movimento o Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Associação Ecologistas em Ação que reiteram a sua exigência para que não seja renovada a autorização de funcionamento da central de Almaraz, que tem licença até 2020.

“Esta acumulação de incidentes, ainda mais quando acontece no mesmo sistema de alimentação elétrica, mostra claramente que a central trabalha, a cada dia que passa, com a segurança mais degradada“, adverte o Movimento Ibérico Antinuclear, composto por várias organizações portuguesas e espanholas, e os Ecologistas em Ação.

Para os ambientalistas, é imperativo a realização de uma investigação para averiguar a causa específica dessas falhas repetidas.

“A causa principal é claramente o envelhecimento progressivo da central, que aconselha a que não seja prolongado o seu funcionamento”, vincam no comunicado.

// Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.