Alan Stern, principal investigador da missão New Horizons da NASA em Plutão, juntamente com cinco colegas, pretende reescrever a definição de “planeta”.
Segundo o The Times, uma das principais alterações que o grupo de cientistas quer introduzir é o fim da obrigatoriedade de um corpo celeste orbitar o Sol para ser considerado um planeta.
Os especialistas defendem que, tal como o nosso satélite natural, as luas de Saturno e de Júpiter têm todas as características de um planeta.
“Na mente do público, a palavra planeta carrega um significado que parece faltar nas outras palavras usadas para descrever os corpos planetários. Muitos cidadãos assumem que supostos não-planetas deixam de ser interessantes o suficiente para justificar a exploração científica”, afirmaram os astrónomos.
A proposta contraria o declínio de Plutão, em 2006, que foi considerado demasiado pequeno para ser um planeta e não era suficientemente diferente dos milhões de outros corpos rochosos e gelados ao redor do sistema solar.
A decisão enfureceu Stern e os seus colegas, que lançaram a missão New Horizons a Plutão em janeiro daquele ano. Stern defende que a decisão de 2006 foi um erro que deve ser revertido – no entanto, o astrónomo pretende ir mais longe.
“De acordo com a classificação científica e a intuição das pessoas, propomos uma definição geofísica do planeta que enfatiza as propriedades físicas intrínsecas de um corpo sobre as suas propriedades orbitais extrínsecas”, adiantou Stern.
Uma das duas mudanças chaves propostas é que os corpos celestes que orbitam outros planetas possam também ser considerados planetas. A outra mudança é que corpos celestes com gravidade suficiente para terem evoluído a partir da mistura original de rochas de que todos os planetas também devem ser considerados planetas.
Se esta proposta for aceite pela União Astronómica Internacional, aos atuais oito planetas do sistema solar podem juntar-se mais de 100.