A cidade de Santa Olga foi, esta quinta-feira, totalmente consumida pelas chamas. O Chile está a viver o maior desastre florestal da sua história.
O Chile está, desde dezembro passado, a ser atingido por vários incêndios, naquele que já é considerado o “maior desastre florestal na história” do país.
O estado de emergência já foi já acionado em várias regiões, sendo Valparaiso, Metropolitana, O’Higgins, Maule, Biobio, La Araucania e Los Lagos as zonas mais afetadas.
Há várias mortes registadas, sobretudo de bombeiros que combatiam as chamas, milhares de pessoas tiveram de ser retiradas das suas habitações e há danos consideráveis no edificado.
Um dos piores cenários encontra-se em Santa Olga, cidade que, esta quinta-feira, foi totalmente consumida pelas chamas.
Os fogos são comuns nas secas florestas chilenas durante o verão, 90% dos quais resultantes de atividade humana, mas este ano a situação está muito pior, devido a uma seca que dura há oito anos, atribuída às alterações climáticas. Uma sequência de dez dias com elevadas temperaturas também contribuiu para a atual situação.
Os incêndios alastraram sobretudo no centro e sul do país e estima-se que cerca de 300 mil hectares já tenham sido reduzidos a cinzas.
Os EUA, Rússia, México, Peru, Colômbia, Espanha e França já enviaram meios de combate às chamas. Esta sexta-feira, Portugal enviou um grupo de 52 elementos da Força Especial de Bombeiros da Proteção Civil, em resposta a um pedido de assistência internacional para combate a incêndios florestais, anunciou o Governo.
“Ao abrigo da solidariedade que deve presidir ao relacionamento entre países amigos, e considerando o cenário em causa, Portugal envia uma equipa com valências no combate aos incêndios florestais com meios terrestres e ferramentas manuais e onde se inclui ainda uma equipa de comando da ANPC”, refere uma nota do Ministério da Administração Interna.
Ainda neste contexto, acrescenta o MAI, “a ANPC disponibilizou também um perito em incêndios florestais para eventual integração na equipa de avaliação que será mobilizada no quadro do Mecanismo”.
ZAP // Lusa