Donald Trump disse estar a ser alvo de um “caça às bruxas política”, após notícias de que foi avisado pelos serviços de informação norte-americanos que a Rússia tem na sua posse material alegadamente comprometedor sobre o Presidente eleito.
“Notícias falsas – uma total caça às bruxas política!”, escreveu Trump na sua conta de Twitter, usando apenas letras maiúsculas, depois de a CNN noticiar que os chefes dos serviços de informação o alertaram, na semana passada, sobre este material, durante uma reunião em que discutiram o alegado envolvimento da Rússia nas eleições norte-americanas.
O material sintetizado em duas páginas foi apresentado a Trump durante a com o diretor das Informações Nacionais (DNI), James Clapper, da polícia federal (FBI), James Comey, e das agências Central de Informações (CIA), John Brennan, e da Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers.
A estação televisiva sustenta a sua história em “múltiplos” funcionários norte-americanos com conhecimento dessas reuniões.
O jornal New York Times acrescenta que não conseguiu comprovar uma série de detalhes que estavam incluídos nos documentos, entre os quais estão vídeos de teor sexual que envolvem Donald Trump e prostitutas russas, numa visita a Moscovo em 2013, que seria usados pela Rússia para chantagear Trump.
Pelo menos parte da informação apurada foi obtida por um ex-agente do serviço de informações britânico MI6, que esteve colocado em Moscovo na década de 1990 e agora tem uma empresa, adianta a televisão de Atlanta. As suas investigações começaram por ser financiadas por apoiantes de opositores de Trump durante as primárias republicanas.
As duas páginas com alegada informação comprometedora, de caráter pessoal e financeiro, segundo a CNN, serão de conhecimento muito reservado. Apenas Obama, Trump e os quatro líderes partidários do Congresso e os quatro principais membros das comissões de Informações do Senado e da Casa dos Representantes conheceriam o seu conteúdo, além dos dirigentes dos serviços de informações.
As páginas sintetizariam um conjunto de 35 – que a CNN garantiu já ter visto e que foram entretanto publicadas pelo site Buzzfeed News – que o senador republicano John McCain já teria entregue ao diretor do FBI.
Além da eventual informação pessoal e financeira comprometedora, a CNN adiantou ainda que a sinopse de duas páginas incluiria alegações da existência de um fluxo contínuo de informação entre Trump e o Governo russo, com recurso a vários intermediários.
Moscovo nega ter informação comprometedora
Um porta-voz do chefe de Estado russo negou, esta quarta-feira, que o Kremlin tinha reunido informação comprometedora sobre o Presidente eleito dos Estados Unidos.
Dmitry Peskov considerou as declarações de um responsável norte-americano à agência noticiosa Associated Press (AP) “completamente falsas e absolutamente disparatadas”, e insistiu que o Kremlin “não procura obter informação comprometedora”.
O site WikiLeaks informou que as alegações de que “agentes russos” possuiriam informações comprometedoras sobre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, não são confiáveis.
“O ficheiro de 35 páginas publicado pelo Buzzfeed sobre Trump não é um relatório de inteligência. O estilo, os factos e as datas não mostram credibilidade”, escreveu o WikiLeaks no Twitter.
“Nós não aprovamos o documento publicado pelo Buzzfeed, que é claramente fictício”, comentou o WikiLeaks. De acordo com os media, o FBI está a investigar a credibilidade dos dados.
Sendo ou não legítimo, o documento, há muito que desconfio das ligacoes do Wikileaks ao FSB e esta prontidão deles para deixar um tweet, para semear mais dúvidas só me deixa mais desconfiado.
-JS
Os media estão a cair na sua própria malha. Fake news? podem ser todos. Nem sequer verificam as suas fontes…Tristeza. Repetem tudo uns dos outros…