A Universidade de Harvard suspendeu, até ao fim da época desportiva, a equipa de futebol masculino por fazer comentários sexistas sobre as jogadoras da equipa feminina.
Os jogadores da equipa de futebol da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, estão suspensos até ao final da temporada, avançou esta sexta-feira a BBC.
O castigo acontece na sequência dos comentários sexistas sobre as jogadoras da equipa feminina presentes em vários documentos agora revelados pelo jornal de estudantes da universidade.
Esta seria já uma longa tradição, na qual os jogadores faziam circular fotografias das colegas, avaliando o seu grau de beleza numa escala numérica de 1 a 10.
Além disso, havia também espaço para comentários sexuais explícitos como, por exemplo, a posição sexual que cada rapariga provavelmente preferia.
A equipa ocupava atualmente o primeiro lugar da Ivy League e, graças a esta decisão, não vai poder ir a mais nenhum jogo até ao final da época.
A Presidente daquela que é uma das universidades mais prestigiadas do mundo, Drew Faust, considera a atitude da equipa “assustadora”.
A responsável explicou em comunicado que a investigação, que teve início em 2o12, concluiu que esta situação não foi um ato isolado e que se manteve até à atual temporada.
Faust acrescentou ainda que esta decisão é “séria, tem consequências e reflete a posição de Harvard sobre o comportamento da equipa, que não tem lugar na universidade e que vai contra os valores de respeito mútuo da comunidade”.
No Twitter, o treinador da equipa masculina diz que todos estão “desapontados pelo facto da época acabar assim” mas que “respeitam a decisão tomada pela administração”.
Algumas das jogadoras escreveram um texto, intitulado de “Juntas somos mais fortes“, em defesa de todas colegas que foram vítimas desta situação ao longo dos anos.
No final, as seis recordam à equipa masculina e a todos os futuros homens que venham a falar dos seus corpos como se fossem objetos sexuais, que a única coisa que poderão oferecer é o seu perdão, “a única parte que poderão alguma vez reclamar como vosso”.
ZAP