/

Arqueólogos descobrem como se fazia uma cirurgia ao cérebro há 3 mil anos

6

Sergey Slipchenko

Abertura no crânio - resultado de uma cirurgia cerebral na Idade do Bronze

Abertura no crânio – resultado de uma cirurgia cerebral na Idade do Bronze

Um grupo de cientistas russos do Instituto de Arqueologia e Etnografia em Novosibirsk, na Sibéria, estudou um crânio masculino encontrado numa povoação pré-histórica, que permitiu determinar como terá decorrido uma cirurgia cerebral praticada na Idade do Bronze.

Segundo o Siberian Times, o crânio encontrado pertencia a um homem que, segundo os cientistas, terá morrido entre os 30 e 40 anos de idade, e viveu algum tempo depois da operação ao cérebro.

Os arqueólogos observaram que o osso parietal esquerdo do paciente tinha uma abertura com sinais evidentes de cicatrização óssea e indicações de uma reação inflamatória nas placas ósseas.

Tal indica que o homem sobreviveu à operação, e que a sua morte do homem poderá ter sido causada por uma inflamação pós-operatória a longo prazo.

De acordo com Sergey Slipchenko, investigador do Instituto de Arqueologia e Etnografia da Academia Russa de Ciências, “a chave para o sucesso da operação foi a total confiança do paciente de que o cirurgião tinha as habilidades e o conhecimento para levar a cabo uma operação deste tipo”.

“Durante a operação, enquanto o cirurgião fazia uma incisão, um assistente ajudava, esticando a pele nas bordas da ferida e fornecendo instrumentos passageiras e outros materiais”, diz Slipchenko.

A fim de reduzir tanto quanto possível a dor, terão sido administradas drogas ao paciente, revelou o estudo, publicado no International Journal of Osteoarchaeology.

Segundo os cientistas, há diversos analgésicos que poderiam ter sido usados – alguns grupos étnicos usavam zimbro e tomilho; o povo Nivkh (no extremo-oriente russo) queimava alecrim e folhas, e os povos indígenas usavam cogumelos alucinogénios – mas a droga “mais óbvia” da época era, provavelmente, a canábis.

Ao que tudo indica, há mais três mil anos que o homem faz cirurgias ao cérebro – e usa drogas para afogar as suas mágoas.

BZR, ZAP

6 Comments

  1. Ridiculo… as assupções que fazem sobre a confiança entre o doente e o “medico”…. e que o medico sabia o que estava a fazer.. e como o assistente o ajudou. So se esqueceçaram de supor como era a sala de operações os aparelhos de imagiologia e tudo mais. Sabem tudo de ha 3 mil anos atras … SO nao sabem quem matou o Sá Carneiro

  2. “Alguns grupos étnicos usavam zimbro e tomilho; o povo Nivkhi queimava alecrim e folhas, e os povos indígenas usavam cogumelos alucinogénios”. Que frase, esta! Quem são os “povos indígenas”? Poderemos supor, então, que os “alguns grupos étnicos” e o suposto “povo Nivkhi” que, numa busca na internet, não aparece referido em lado algum, são alienígenas? Afinal quem é, ou foi, esta gente? Alguém me esclarece?

  3. Eu ainda também não sei quais sãos os povos indígenas pois não referem qual o local onde estes povos habitavam. O “povo Nivkhi queimava alecrim e folhas”, mas quais folhas? Umas quaisquer?! E já agora, ou escrevem “3000 anos” ou “três mil anos” e não “3 mil anos”!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.