Sven Hoppe / EPA
Governo holandês decidiu reaproveitar as prisões vazias do país para abrigar os muitos refugiados que todos os dias chegam em busca de uma oportunidade.
Como um país exemplo para outros países europeus, a Holanda tem uma taxa de criminalidade bastante reduzida e não é novidade nenhuma que muitas das suas prisões estão simplesmente vazias.
Por isso, o Governo holandês decidiu reaproveitar essas celas para abrigar os refugiados que todos os dias chegam ao país à procura de uma oportunidade.
No total, são doze estabelecimentos prisionais que foram transformados em verdadeiros abrigos e que já estão a ser ocupados por esses migrantes.
É certo que a aparência cinzenta e triste das prisões não é o “lar doce lar” que todos desejamos mas, pelo menos, estes homens, mulheres e crianças têm agora um sítio para pernoitar e que lhes garante condições básicas para viverem.
O interior desses abrigos foi agora registado por Muhammed Muheisen, um fotógrafo da Associated Press que queria perceber o que acontece aos refugiados quando chegam ao continente europeu.
Foi a partir daí que encontrou De Koepel, um dos estabelecimentos prisionais incluído nesta iniciativa holandesa. As celas desta prisão podem acolher duas pessoas, têm casa-de-banho e um pequeno frigorífico.
Na Alemanha, uma iniciativa semelhante aconteceu no antigo campo de concentração de Buchenwald, onde os refugiados dividem antigas casernas dos guardas nazis.
Apesar do simbolismo deste local, que foi palco para um dos piores episódios da história da Humanidade, os migrantes garantiram que não se importavam e que só queriam um sítio seguro para ficar.
O mesmo acontece com estas prisões na Holanda, onde um refugiado sírio contou ao fotógrafo da AP que viver num sítio destes só lhe dá esperança para o futuro.
“Se um país não tem prisioneiros para ocupar as suas cadeias, isto só significa que este é o país mais seguro em que já vivi”, explica.
Só em 2015, estima-se que a Holanda tenha recebido cerca de 60 mil migrantes provenientes do Médio Oriente, África e Ásia para fugir aos conflitos armados dessas regiões.
ZAP / Hypeness / The Greenest Post / RT
